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CHADE
Governo resiste à insurgência e culpa Sudão por ataques
DA REDAÇÃO
Milícias rebeldes atacaram
ontem a cidade de Adre, no
leste do Chade, em meio à
ofensiva lançada na semana
passada para derrubar o presidente Idriss Deby. A ação,
com suposto envolvimento
do Exército do vizinho Sudão, foi chamada de "declaração de guerra" pelo general
Mahamat Nassour, ministro
de Minas e Energia, em entrevista à Rádio France.
Próxima à fronteira sudanesa e à região conflagrada
de Darfur, a cidade seria a base de uma força de paz da
União Européia, com mandato da ONU, cujo envio foi
retardado devido ao conflito
na capital, Ndjamena. "Os
sudaneses querem atrapalhar a chegada das forças da
ONU no Chade", disse o prefeito de Adre à Rádio France.
Horas mais tarde, o porta-voz dos rebeldes, Abderaman Koulamallah, afirmaria
que Adre foi tomada -o que,
segundo o governo, jamais
ocorreu. Ontem a noite, o
chanceler do Chade, Ahmat
Allami, afirmou em entrevista à Rádio France que os insurgentes tinham foram expulsos de Ndjamena e Adri.
A França ofereceu ajuda a
Deby caso ele decida deixar o
país. Em 2006, o apoio logístico da ex-metrópole foi fundamental para sufocar uma
tentativa de golpe da Frente
Unida pela Mudança, coligação anti-Deby que participa
da insurgência atual. O déficit democrático chadiano e a
utilização, pelo Sudão, de milícias do país para combater
os rebeldes em Darfur são
apontadas como principais
causas da crise.
Deby tomou o poder em
um golpe militar em 1990,
sendo eleito presidente no
ano seguinte. Reeleito em
sucessões de pleitos considerados fraudulentos, ele foi
reconhecido pela comunidade internacional, receosa de
desestabilizar o país.
Com agências internacionais
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