DA REDAÇÃO

Quatro caças norte-coreanos interceptaram anteontem um avião de reconhecimento da Força Aérea americana em espaço aéreo internacional sobre o mar do Japão e chegaram a uma distância de 15 metros do jato ao escoltá-lo, anunciou ontem o Pentágono.
Segundo o porta-voz do Pentágono Jeff Davis, os caças -dois MiG-29 e dois presumidos MiG-23- acompanharam por cerca de 20 minutos o sofisticado RC-135 americano a 240 km da costa da Coréia do Norte.
Autoridades dos EUA afirmaram que Washington iria protestar formalmente contra o incidente. Coréia do Norte e EUA não mantêm relações diplomáticas.
"Protestaremos formalmente contra isso. [O incidente" é particularmente provocativo e tem o potencial de atemorizar nossos aliados ainda mais do que provocações anteriores", disse um alto funcionário do governo de George W. Bush, que falou sob a condição de permanecer anônimo.
Outra autoridade americana afirmou que os EUA estavam em "consulta" com a Coréia do Sul e outros aliados para tentar decidir qual seria a melhor forma de protestar contra o incidente.
Esse foi o primeiro incidente envolvendo aeronaves norte-coreanas e americanas desde que um avião de reconhecimento dos EUA foi abatido no espaço aéreo internacional em 1969, matando as 31 pessoas a bordo.
Davis disse que não há indicação de que caças americanos tenham sido chamados para proteger o avião antes de seu retorno à base aérea de Kadena, no Japão.