São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2004

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Ativistas se manifestam com violência

DA REDAÇÃO

Mesmo antes da confirmação do plebiscito, manifestações violentas já mostravam a profunda divisão da sociedade venezuelana.
Por volta das 10h, homens armados dispararam contra a sede da Prefeitura de Caracas, cujo prefeito, Alfredo Peña, é opositor do presidente Hugo Chávez.
Não houve vítimas graves -um policial ficou levemente ferido ao ser atingido por estilhaços das janelas. Peña culpou chavistas.
"O ataque foi criminoso e feroz. Destruíram os vitrais e as obras de arte da estrutura. São grupos de pessoas desesperadas que não querem a realização do plebiscito", afirmou Peña.
Desordeiros colocaram fogo em diversos carros e caminhões que estavam próximos ao palácio presidencial.
Um suposto simpatizante do presidente, com a cabeça coberta por um capuz, disparou tiros contra a estação Radio Caracas Televisión. As vidraças do edifício foram atingidas por pedradas, obrigando a Guarda Nacional a intervir. O jornal "El Nacional", contrário a Chávez, também foi atacado.
Cerca de 200 chavistas fizeram uma manifestação em praça próxima à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Eles bloquearam ruas e picharam ônibus com a frase: "Não à fraude".
De acordo com policiais e bombeiros, simpatizantes do governo atacaram e espancaram o deputado oposicionista Rafael Marín do lado de fora do Congresso. Ele foi levado a um hospital e suas condições são estáveis.
O deputado Tarek William Saab, do Movimento Quinta República, o partido de Chávez, condenou a violência e pediu calma.
"Vamos ter a campanha mais suja de nossa história", previu Samuel Moncada, diretor da faculdade de história da Universidade Central da Venezuela, citando a polarização do país. Para ele, Chávez terá um problema adicional porque prometeu a seus seguidores que não haveria plebiscito.


Com agências internacionais


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