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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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RELIGIÃO

Vaticano não confirma medida, que gera protestos de religiosos e fiéis

Papa deixa de usar língua portuguesa

DA REDAÇÃO

A língua portuguesa deixou de ser usada em cerimônias celebradas no Vaticano, em medida que gerou protestos entre religiosos em Portugal, Angola e no Brasil, o país com mais católicos no mundo. A decisão de eliminar a leitura por parte do papa João Paulo 2º de trechos em português no seu discurso das quartas-feiras na praça de São Pedro foi tomada durante uma audiência geral.
Dois cardeais anunciaram que escreveram ao pontífice. Houve protesto público por parte de dom Geraldo Majella, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Segundo ele, a medida afeta "os 170 milhões de católicos" brasileiros.
Também se declararam contra a decisão os cardeais Alexandre Nascimento, de Angola, e José da Cruz Policarpo, de Lisboa, e o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, monsenhor Antonio Baltasar Marcelino.
Nas duas últimas quartas, o papa não pregou em português na praça no Vaticano. Foram usados só o italiano, o espanhol, o inglês, o francês e o alemão.
O Vaticano não confirmou a exclusão da língua portuguesa. A explicação oficial foi de que "o papa prega de acordo com os grupos que anunciam sua presença na cerimônia. É difícil que o pontífice saúde os que aparecem individualmente em seu idioma".


Com agências internacionais


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