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Saudita nega envolvimento com terror
DA REDAÇÃO
O saudita Omar al Bayoumi, cujo nome é citado em um relatório
do Congresso americano sobre o
11 de Setembro, disse ontem que
está pronto para ser interrogado,
desde que seja em seu país natal e
na presença de funcionários do
governo da Arábia Saudita.
Ex-funcionário do órgão de
avião civil da Arábia Saudita, Al
Bayoumi está no centro da polêmica sobre a suspeita de participação de membros do governo
saudita nos atentados que atingiram os EUA em 2001.
"Estou pronto para me sentar
com investigadores americanos,
na presença de investigadores
sauditas e em território saudita",
disse à TV Al Arabiya.
Em um trecho do relatório do
Congresso, está a informação de
que Al Bayoumi teria ajudado
dois sequestradores do 11 de Setembro quando eles chegaram a
San Diego (Califórnia). Eles teriam morado no mesmo condomínio. Al Bayoumi estava nos
EUA com uma bolsa de estudos
do governo saudita.
Remessa de dinheiro
Segundo o relatório, Al Bayoumi recebeu indiretamente dinheiro da mulher do embaixador saudita Bandar bin Sultan.
"Por um lado, é possível que essas conexões possam sugerir, como indicado num memorando
da CIA [serviço de inteligência
americano], "evidência incontestável de que há apoio a esses terroristas". No entanto é também possível que uma investigação mais
aprofundada possa revelar explicações legítimas e de inocência
sobre essas associações", diz o relatório, cuja divulgação foi vetada
pelo governo americano.
Em sua primeira entrevista após
o vazamento do relatório, Al Bayoumi negou envolvimento com
o terrorismo e desafiou os EUA a
produzir evidências contra ele.
O saudita disse que as informações do relatório são "pura fabricação" e que já escreveu ao governo saudita se colocando à disposição para se interrogado.
O governo saudita nega ligações
com a Al Qaeda e vem tentando
ter acesso ao relatório do Congresso, mas os EUA até agora não
autorizaram, alegando que as investigações estão inconclusas.
O líder da Al Qaeda, Osama bin
Laden, é saudita de nascimento,
mas perdeu a cidadania em meados dos anos 90. O terrorista se diz
inimigo da família real por causa
de sua proximidade com os EUA.
Com agências internacionais
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