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São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2003

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Saudita nega envolvimento com terror

DA REDAÇÃO

O saudita Omar al Bayoumi, cujo nome é citado em um relatório do Congresso americano sobre o 11 de Setembro, disse ontem que está pronto para ser interrogado, desde que seja em seu país natal e na presença de funcionários do governo da Arábia Saudita.
Ex-funcionário do órgão de avião civil da Arábia Saudita, Al Bayoumi está no centro da polêmica sobre a suspeita de participação de membros do governo saudita nos atentados que atingiram os EUA em 2001.
"Estou pronto para me sentar com investigadores americanos, na presença de investigadores sauditas e em território saudita", disse à TV Al Arabiya.
Em um trecho do relatório do Congresso, está a informação de que Al Bayoumi teria ajudado dois sequestradores do 11 de Setembro quando eles chegaram a San Diego (Califórnia). Eles teriam morado no mesmo condomínio. Al Bayoumi estava nos EUA com uma bolsa de estudos do governo saudita.

Remessa de dinheiro
Segundo o relatório, Al Bayoumi recebeu indiretamente dinheiro da mulher do embaixador saudita Bandar bin Sultan.
"Por um lado, é possível que essas conexões possam sugerir, como indicado num memorando da CIA [serviço de inteligência americano], "evidência incontestável de que há apoio a esses terroristas". No entanto é também possível que uma investigação mais aprofundada possa revelar explicações legítimas e de inocência sobre essas associações", diz o relatório, cuja divulgação foi vetada pelo governo americano.
Em sua primeira entrevista após o vazamento do relatório, Al Bayoumi negou envolvimento com o terrorismo e desafiou os EUA a produzir evidências contra ele.
O saudita disse que as informações do relatório são "pura fabricação" e que já escreveu ao governo saudita se colocando à disposição para se interrogado.
O governo saudita nega ligações com a Al Qaeda e vem tentando ter acesso ao relatório do Congresso, mas os EUA até agora não autorizaram, alegando que as investigações estão inconclusas.
O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, é saudita de nascimento, mas perdeu a cidadania em meados dos anos 90. O terrorista se diz inimigo da família real por causa de sua proximidade com os EUA.


Com agências internacionais


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