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ORIENTE MÉDIO
Ação fere 4 israelenses
Israel rejeita proposta de trégua palestina
DA REDAÇÃO
Israel rejeitou proposta de trégua permanente que seria negociada com os grupos terroristas,
apresentada ontem pelas autoridades palestinas.
Perto de Belém (Cisjordânia),
quatro israelenses ficaram feridos
em ataque a tiros reivindicado
por uma célula do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa, ligado ao Fatah.
Horas antes, Israel anunciou
oficialmente a libertação de 443
presos. Segundo a agência de notícias France Presse, esse número
seria adicional aos 540 anunciados na semana passada. Outras
fontes davam a entender que a lista de 443 é a mesma que a da semana passada, porém reduzida.
O chanceler de Israel, Silvan
Shalom, recusou a proposta de
trégua palestina e disse ao seu correspondente palestino, Nabil
Shaath, que a ANP (Autoridade
Nacional Palestina) deve, em primeiro lugar, desmantelar a infra-estrutura dos grupos terroristas.
Os palestinos afirmam que o
cessar-fogo é a melhor saída para
o fim do terrorismo em Israel
-desde o anúncio da trégua de
três meses de grupos terroristas,
em junho, houve redução da violência. Para a ANP, uma confrontação direta com os grupos terroristas poderia levar a uma guerra
civil. O premiê palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, defende que os
grupos sejam trazidos para o
campo da negociação política.
Shaath disse a Shalom que uma
retirada israelense de outras cidades da Cisjordânia e novos passos
para facilitar o tráfego entre cidades palestinas poderiam ajudar a
ANP a negociar uma trégua permanente com os grupos terroristas. Israel já se retirou de Belém e
de parte da faixa de Gaza.
Porém, em outra reunião, envolvendo chefes das áreas de segurança, não houve acordo para a
retirada israelense de mais cidades palestinas. Os israelenses propuseram sair de Qalqilya e de Jericó -que na prática não está ocupada. Os palestinos querem antes
a desocupação de Ramallah.
Segundo Shaath, se o cessar-fogo for correspondido por ações
israelenses, então a trégua não vai
durar "três meses, mas três ou até
27 anos".
Acordo
Um grupo de cerca de 20 militantes do Fatah acabou sendo solto ontem, após ficarem presos no
QG do presidente da ANP, Iasser
Arafat, em Ramallah. Arafat é o
principal líder do Fatah, ao qual
também pertence Mazen. A prisão deles havia provocado tensão.
Inicialmente, foi definido que eles
seriam levados para Jericó, onde
ficariam detidos, conforme exigia
o governo israelense. Os militantes se recusaram. Após acordo,
cujos termos não foram divulgados, eles foram libertados.
Com agências internacionais
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