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São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Ação fere 4 israelenses

Israel rejeita proposta de trégua palestina

DA REDAÇÃO

Israel rejeitou proposta de trégua permanente que seria negociada com os grupos terroristas, apresentada ontem pelas autoridades palestinas.
Perto de Belém (Cisjordânia), quatro israelenses ficaram feridos em ataque a tiros reivindicado por uma célula do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah.
Horas antes, Israel anunciou oficialmente a libertação de 443 presos. Segundo a agência de notícias France Presse, esse número seria adicional aos 540 anunciados na semana passada. Outras fontes davam a entender que a lista de 443 é a mesma que a da semana passada, porém reduzida.
O chanceler de Israel, Silvan Shalom, recusou a proposta de trégua palestina e disse ao seu correspondente palestino, Nabil Shaath, que a ANP (Autoridade Nacional Palestina) deve, em primeiro lugar, desmantelar a infra-estrutura dos grupos terroristas.
Os palestinos afirmam que o cessar-fogo é a melhor saída para o fim do terrorismo em Israel -desde o anúncio da trégua de três meses de grupos terroristas, em junho, houve redução da violência. Para a ANP, uma confrontação direta com os grupos terroristas poderia levar a uma guerra civil. O premiê palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, defende que os grupos sejam trazidos para o campo da negociação política.
Shaath disse a Shalom que uma retirada israelense de outras cidades da Cisjordânia e novos passos para facilitar o tráfego entre cidades palestinas poderiam ajudar a ANP a negociar uma trégua permanente com os grupos terroristas. Israel já se retirou de Belém e de parte da faixa de Gaza.
Porém, em outra reunião, envolvendo chefes das áreas de segurança, não houve acordo para a retirada israelense de mais cidades palestinas. Os israelenses propuseram sair de Qalqilya e de Jericó -que na prática não está ocupada. Os palestinos querem antes a desocupação de Ramallah.
Segundo Shaath, se o cessar-fogo for correspondido por ações israelenses, então a trégua não vai durar "três meses, mas três ou até 27 anos".

Acordo
Um grupo de cerca de 20 militantes do Fatah acabou sendo solto ontem, após ficarem presos no QG do presidente da ANP, Iasser Arafat, em Ramallah. Arafat é o principal líder do Fatah, ao qual também pertence Mazen. A prisão deles havia provocado tensão. Inicialmente, foi definido que eles seriam levados para Jericó, onde ficariam detidos, conforme exigia o governo israelense. Os militantes se recusaram. Após acordo, cujos termos não foram divulgados, eles foram libertados.


Com agências internacionais


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