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Bagdá diz que só aceita inspeções da ONU se sanções forem suspensas
DA REDAÇÃO
O governo do Iraque disse ontem estar pronto para discutir o retorno das inspeções de armas das Nações Unidas ao país, mas somente se houver a suspensão
das sanções econômicas e o restabelecimento da soberania iraquiana sobre todo o seu território.
A proposta -que repete uma posição que o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, já havia rejeitado anteriormente- foi feita durante um encontro do vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, com Annan durante a cúpula Rio +10, que acontece em Johannesburgo (África do Sul).
O secretário-geral da ONU disse que o Iraque deve cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que determinam o
reinício imediato das inspeções
de forma incondicional.
As inspeções, determinadas
após o fim da Guerra do Golfo
(1991), foram interrompidas em
1998 pelo Iraque, que acusou os
inspetores de "espiões". Após a
guerra, a ONU impôs também
um embargo comercial ao país, e
os EUA e o Reino Unido determinaram duas zonas de exclusão aérea, ao sul e ao norte, onde aviões
iraquianos não podem voar.
Segundo Aziz, as inspeções só
poderão ser retomadas se essas
sanções forem suspensas antes.
"Se você quer encontrar uma solução, deve procurar uma solução
para todas essas questões, não somente para um aspecto", disse.
"Nós estamos prontos para buscar uma solução."
Aziz acusou Washington de não estar interessado em dialogar sobre a questão das armas, que, segundo ele, estaria sendo usada somente como uma desculpa para
uma ação militar. "No final, eles usarão qualquer pretexto que tiverem em suas mãos para nos atacar", disse. "Estamos nos preparando para defender nosso país."
Com agências internacionais
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