São Paulo, quarta-feira, 04 de setembro de 2002

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Unidades de elite querem encerrar buscas a Bin Laden

DA REDAÇÃO

Os líderes das unidades de elite que os EUA usam no Afeganistão para tentar capturar o terrorista saudita Osama bin Laden querem que suas forças abandonem essa missão porque crêem que Bin Laden provavelmente esteja morto.
O jornal "The New York Times", que cita fontes militares e de inteligência, informou ontem que, na opinião dos comandantes das unidades de operações especiais, Bin Laden provavelmente morreu durante os bombardeios na região afegã de Tora Bora, em dezembro passado.
Os chefes militares, segundo o diário norte-americano, acreditam que Bin Laden tenha morrido durante uma das campanhas levadas a cabo em cavernas que os serviços de inteligência dos EUA indicavam como o quartel-general da rede terrorista Al Qaeda.
Apesar disso, os líderes militares citados pelo "New York Times" reconhecem, de forma anônima, que não há provas que demonstrem que Bin Laden esteja efetivamente morto.
Entre os militares que realizam as operações de campo no Afeganistão, existe a sensação de que a caça a Bin Laden esteja sendo infrutífera e deveria ser reconsiderada, segundo o diário norte-americano.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, e o presidente George W. Bush vêm afirmando, pelo menos publicamente, que não sabem se Bin Laden está vivo ou morto.
O general Tommy Franks, chefe da operação militar dos EUA no Afeganistão, disse na semana passada que não tem "provas convincentes" que demonstrem que Bin Laden tenha morrido e reconheceu que desconhece o destino do terrorista que, em vídeo divulgado por Washington, assumiu a responsabilidade pelos atentados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono.

O ouro da Al Qaeda
O diário "The Washington Post" informou ontem que responsáveis pelo financiamento da Al Qaeda e do grupo extremista islâmico Taleban retiraram grandes quantidades de ouro do Paquistão nas últimas semanas. O ouro teria sido enviado ao Sudão, segundo fontes paquistanesas e norte-americanas.
O ouro teria saído do país em caixas (com outros produtos) por meio de pequenos barcos que partiram do porto paquistanês de Karachi. Depois de enviadas ao Irã, as caixas teriam sido levadas de avião a Cartum (Sudão).
O "Washington Post" afirma que não se sabe quanto ouro foi transportado dessa forma, mas a operação demonstraria que a Al Qaeda ainda tem acesso a reservas financeiras.


Com agências internacionais


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