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Foco
Colômbia mata líder das Farc tido como parceiro de Fernandinho Beira-Mar
DA REDAÇÃO
O Exército colombiano
anunciou ontem que matou
em uma operação no último
sábado Tomás Medina Caracas, um dos mais importantes
líderes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia
(Farc) e suposto responsável
pelo tráfico de cocaína da
guerrilha. Mais conhecido como Negro Acacio, Medina tinha a extradição pedida pelos
Estados Unidos e era acusado
de parceria com o traficante
brasileiro Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar, no envio de drogas a São
Paulo e ao Rio de Janeiro.
O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que Negro Acacio morreu com outros 14
guerrilheiros no departamento de Guainía (leste, na
fronteira com o Brasil), em
uma operação com participação do Exército, da Força Aérea e da Armada (Marinha de
guerra) colombiana.
Comandante da Frente 16
da guerrilha, Negro Acacio
"era o líder mais importante
para o financiamento das
Farc. Controlava o narcotráfico e a aquisição de armas,
explosivos e munições em todo o leste do país", disse Santos. O ministro afirmou que o
corpo do guerrilheiro não foi
recuperado, mas que sua
morte foi confirmada por
fontes de inteligência.
A seu ver, a morte de Acacio
foi "o mais duro golpe contra
a capacidade logística do grupo terrorista" e representou
uma vitória militar para o
presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.
Conexão com Brasil
Dados de inteligência militar da Colômbia indicam que
Acacio controlava uma rede
de comunicações que permitia às Farc levar drogas da Venezuela até o Peru, passando
por Brasil e Equador. Ele teria negociado drogas e armas
com Fernandinho Beira-Mar,
preso na Colômbia em 2001.
Em 2005, Beira-Mar foi
condenado à revelia na Colômbia a 18 anos de prisão por
tráfico de drogas em associação com grupos guerrilheiros.
Segundo cultivadores de coca, Beira-Mar tinha constantes encontros com Negro
Acacio. Atualmente, o traficante brasileiro está preso na
Penitenciária Federal de
Campo Grande.
Com agências internacionais
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