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FUTURO
Economia e
violência são
maior desafio
da Redação
Timor Leste terá vários desafios pela frente caso venha a obter sua independência em relação à Indonésia. A violência
crescente e a economia frágil
são alguns dos fatores de instabilidade que o ameaçam.
O investimento no turismo
pode ser uma alternativa para
fortalecer a economia do território. A infra-estrutura atual é
precária e precisa ser desenvolvida. Os hotéis de Dili (capital),
por exemplo, oferecem apenas
dezenas de quartos.
Portugal prometeu uma ajuda de pelo menos US$ 280 milhões em cinco anos. O FMI
(Fundo Monetário Internacional) também disse estar disposto a oferecer ajuda.
Os recursos humanos em Timor Leste, com cerca de 800
mil habitantes, são limitados.
Há uma universidade em Dili.
O ensino público, em bahasa
indonésio (idioma oficial da
Indonésia), é precário.
Violência crescente
Desde a votação da última segunda-feira, a violência vem
crescendo em Timor Leste. O
resultado do referendo pode
agravar a situação e provocar
novos confrontos.
Nos próximos dias, poderia
haver mais "morte e destruição" no território, segundo a
entidade de defesa dos direitos
humanos Human Rights
Watch. A ONU prepara o envio
de uma força de manutenção
da paz ao local.
Agências de ajuda humanitária afirmam estar se preparando para uma "situação de
emergência". Segundo o governo indonésio, entre 50 mil e 100
mil pessoas podem deixar a ex-colônia portuguesa.
Transição
O Conselho Nacional de Resistência Timorense (CNRT),
que reúne grupos favoráveis à
independência de Timor Leste,
deve exercer o poder, substituindo o governo indonésio.
Segundo José Ramos-Horta,
líder do movimento pela independência de Timor Leste que
ganhou o Prêmio Nobel da Paz
em 96, o CNRT defende um período de transição de três anos
até a independência, sob os
auspícios da ONU.
Durante esse período, o secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, seria a autoridade máxima de Timor Leste e administraria o território por meio
de um representante especial,
em parceria com os timorenses.
O líder pró-independência
Xanana Gusmão disse ao governo da Indonésia que o território não vai abrigar opositores
ao regime indonésio, para tentar evitar violência.
Gusmão disse ainda que, caso Timor Leste obtenha a independência, o país conservará a
rupia (moeda indonésia) como
moeda nacional.
"Preparamos uma força de
manutenção da paz no contexto de uma autoridade transitória", disse Joachim Hütter, responsável para a Ásia do Departamento de Operações de Manutenção da Paz da ONU.
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