DA REDAÇÃO

O Taleban, milícia extremista islâmica que controla o Afeganistão, afirmou que a jornalista britânica Yvonne Ridley, detida por entrar ilegalmente no país, cometeu um grave crime e talvez seja integrante de uma unidade das forças de elite do Reino Unido.
Vestida com uma burga, tradicional vestimenta afegã que cobre o corpo todo, a jornalista da publicação britânica "Sunday Express" foi presa junto com seus dois guias nas cercanias da cidade afegã de Jalalabad. Ridley não portava documentos.
"É um crime grave. Ela não pode entrar no Afeganistão sem documentos e ignorando a proibição da permanência de jornalistas no país", disse o ministro da Informação do Taleban, Quadratullah Jamal. "Os EUA e o Reino Unidos teriam forças especiais no Afeganistão. A repórter pode ser integrante dessas forças."
O Ministério das Relações Exteriores britânico emitiu um comunicado afirmando que Ridley não pertence às forças especiais do país e pediu ao Taleban para que a solte. O editor-executivo do "Sunday Express" e o advogado da publicação viajariam para Islamabad, capital do Paquistão, para tentar negociar a libertação da repórter. Ridley será julgada pelo mesmo tribunal responsável pelo caso de oito cristãos estrangeiros que são acusados de converter muçulmanos ao cristianismo.