São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2001

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EUA enviam soldados para fronteira afegã

DA REDAÇÃO

Uma divisão do Exército dos Estados Unidos, especializada em operações em terrenos montanhosos, teria enviado 1.000 soldados anteontem à noite para as ex-repúblicas soviéticas do Uzbequistão e do Tadjiquistão, na Ásia Central.
Os dois países fazem fronteira com o norte do Afeganistão e podem ser usados como base para incursões de forças aliadas no território afegão. As tropas estão em estado de alerta, mas ainda não foram realizadas movimentações militares, segundo Victoria Clarke, porta-voz do Pentágono. A expectativa é que um ataque dos EUA e do Reino Unido ao Afeganistão ocorra em breve.
A milícia extremista Taleban, que controla a maior parte do Afeganistão, pode ser atacada por não aceitar entregar o saudita Osama bin Laden, acusado de envolvimento nos atentados do dia 11 de setembro nos EUA. Ele e sua rede terrorista, a Al Qaeda, são os principais alvos dos EUA e do Reino Unido.
O Uzbequistão permitiu que o espaço aéreo de seu país fosse utilizado pelos Estados Unidos em operações aéreas contra alvos no território afegão. Porém não havia divulgado nenhum acordo que permitisse tropas terrestres dos EUA permanecerem no país.
O Tadjiquistão não confirmou a presença de forças militares norte-americanas no seu território.
As tropas enviadas aos países da Ásia Central terão duas missões: primeiro, darão segurança em terra para aviões que combaterem no Afeganistão; também ficarão em alerta para prover ajuda em caso de emergência às forças especiais dos EUA, que já estariam realizando operações em território afegão. Os EUA possuem cerca de 30 mil soldados na região próxima ao Afeganistão.

Aliança do Norte
A Aliança do Norte, principal força de oposição ao regime Taleban, afirmou que estava se integrando progressivamente com os Estados Unidos nos preparativos militares para um ataque ao regime Taleban e a Bin Laden.
O ministro das Relações Exteriores da Aliança do Norte, Abdulah Abdulah, disse ter se reunido nos últimos dias com alguns emissários norte-americanos, não identificados, com os quais estaria sendo coordenada uma ação militar contra o Taleban.


Com agências internacionais



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