JUSTIN HUGGLER
DO ""THE INDEPENDENT", EM TEL AVIV

Advogados de defesa e parentes de vítimas de atentado entraram em choque no julgamento do palestino Marwan Barghouti, um dos líderes do Fatah (facção política de Iasser Arafat) e tido como um dos sucessores do líder palestino, ontem, em Tel Aviv.
Os advogados de Barghouti, acusado por Israel pela morte de pelo menos 26 israelenses em atentados, distribuíram, do lado de fora do tribunal, um documento com 54 acusações de crimes de guerra e contra a humanidade feitas a Israel.
Indignados, parentes de israelenses mortos nos atentados começaram a agredir os defensores do palestino, que revidaram. Para agravar a situação, o advogado judeu de Barghouti comparou o líder palestino a Moisés.
Quando Barghouti foi conduzido para o tribunal, em dois momentos teve de ser retirado novamente do recinto, depois que ele gritou ""a Intifada vai derrotar a ocupação" e os parentes de israelenses mortos em atentados gritaram de volta, indignados. ""Você matou meu filho", gritou um homem. "Você devia ser capado", disse outro.

Expulsão de Arafat
Israel ensaiou a expulsão de Arafat dos territórios palestinos, segundo o diário israelense "Maariv". Nos últimos meses, forças militares israelenses teriam se posicionado para levar a cabo a operação.
De acordo com o "Maariv", o líder palestino seria retirado de helicóptero de seu quartel-general em Ramallah (Cisjordânia) e posteriormente levado para a Líbia.