São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2004

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MULTIMÍDIA

The Observer - de Londres

Guantánamo falha ao prevenir terrorismo

LONDRES - O interrogatório a que os prisioneiros de Guantánamo - centro de detenção dos EUA em Cuba, onde guardas foram acusados de tortura e de brutalidade contra os presos- foram submetidos não serviram para prevenir ataques terroristas. A revelação foi feita ao diário britânico "Observer" por um alto funcionário do Pentágono, que trabalhou diretamente na guerra dos EUA ao terror, que é uma das principais bandeiras de campanha de George W. Bush.
Para o coronel Anthony Christino, que trabalhou 20 anos na área de inteligência militar, Bush e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, "exageram".
Ele revela que o processo de "interrogatório" no Afeganistão que determinava se o detento deveria ser enviado para Guantánamo foi "um erro desde o início", pois era feito por recrutas quase sem treinamento, que eram obrigados a confiar na tradução de intérpretes incompetentes. "Eles eram pouco treinados para conseguir perceber a diferença entre os terroristas e os membros do Taleban."
As revelações de Christino serão publicadas nesta semana pelo jornalista britânico David Rose e contam com o apoio de funcionários da inteligência dos EUA.
Segundo ele, mais de 600 detentos de Guantánamo, incluindo quatro britânicos, na pior das hipóteses, apoiavam o Taleban na guerra civil contra a Aliança do Norte antes dos ataques de 11 de Setembro, mas não mantinham nenhum contato com Osama bin Laden ou com a Al Qaeda.

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