São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2004

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Político complica libertação de franceses

DA ASSOCIATED PRESS

Um parlamentar francês foi duramente criticado ontem por levar adiante uma missão privada para tentar a libertação dos dois repórteres franceses que estão seqüestrados no Iraque há mais de um mês. Para o governo da França, esses esforços podem expor os reféns a um risco ainda maior.
O ministro da Justiça da França, Dominique Perben, disse que Didier Julia, membro do partido do presidente Jacques Chirac, ignorou os apelos para não prosseguir com a sua iniciativa para tentar soltar os jornalistas Christian Chesnot e Georges Malbrunot.
"É uma falta de senso de responsabilidade desse cavalheiro", afirmou o ministro francês. Segundo Perben, a missão de Julia não tem nenhuma ligação com os esforços diplomáticos do governo para conseguir a libertação.
Para a parlamentar socialista Ségolene Royal, a diplomacia francesa está sendo humilhada, "beirando o ridículo".
Na sexta-feira, em Damasco, Julia chegou a dizer que um comboio que, supostamente, estava levando os reféns para a Síria, onde, segundo ele, seriam libertados, foi alvejado pelos EUA. A ação, disse o parlamentar, provocou a morte de seis militantes e adiou a libertação. Autoridades dos EUA e da França disseram não ter nenhuma informação sobre o episódio relatado por Julia.
Já o britânico Paul Bigley pediu ajuda ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, para ajudar na negociação para conseguir a libertação do irmão, Kenneth Bigley, que está seqüestrado no Iraque.

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