São Paulo, domingo, 04 de outubro de 2009

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Planos pós-exposição preveem negócios imobiliários gigantes

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

Os planos do governo de Xangai para o pós-Expo-2010 obedecem a lógica do negócio mais lucrativo para as prefeituras chinesas: o de desenvolver projetos imobiliários gigantes.
Até 1998, não havia propriedade privada de imóveis. Todas as terras -e residências- pertenciam ao Estado, às empresas estatais ou a cooperativas.
O negócio que explodiu após 1998 fez com que mais da metade dos atuais homens mais ricos da China na lista da Forbes esteja no mercado imobiliário.
Os moradores têm habitualmente direito de uso por 70 anos em terras e apartamentos em conjuntos habitacionais.
Com a destruição de velhas favelas e áreas de cortiços que estavam no coração de suas grandes cidades -como a região onde a Expo está sendo erguida-, há a possibilidade da construção de grandes conjuntos multifuncionais, os que fazem mais sucesso na China.
Vanke e Soho, duas das maiores imobiliárias e construtoras do país, desenvolvem conjuntos que podem reunir até 20 torres de 30 andares em um único terreno, onde há mistura de apartamentos e escritórios, e restaurantes, lojas e bares nos andares inferiores e no térreo.
Muitos dos empreendimentos previstos para os dois espaços que serão ocupados pela exposição, separados pelo rio Huangpu, terão esse perfil.
Mas o sucesso não é garantido. Há milhões de metros quadrados vazios nas maiores cidades chinesas. A construção prefere focalizar no mercado de alto luxo, os mais lucrativos, enquanto faltam prédios residenciais às classes média e baixa.


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