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ISRAEL
Ex-premiê disputa com o atual a liderança do partido
Netanyahu quer eleição antecipada para aceitar ser chanceler de Sharon
DA REDAÇÃO
O ex-primeiro-ministro israelense Binyamin "Bibi" Netanyahu
(1996-1999) afirmou que aceita o
cargo de ministro das Relações
Exteriores, para o qual foi convidado pelo atual premiê, Ariel Sharon, desde que sejam antecipadas
as eleições parlamentares, previstas para outubro do próximo ano.
Sharon respondeu apenas que
recebe bem a aceitação de Netanyahu, porém afirmou que ainda
está analisando a condição. Os
dois políticos disputam a liderança do Likud, partido considerado
conservador. Netanyahu, indicado para a Chancelaria, estaria impondo a condição para aceitar o
cargo de chanceler, pois, de acordo com analistas, seu objetivo é
voltar ao cargo de premiê.
A saída dos trabalhistas, mais
moderados, deixou a coalizão de
Sharon sem maioria no Knesset
(Parlamento de Israel).
Os trabalhistas ocupavam dois
ministérios-chave no governo de
Sharon: o das Relações Exteriores,
com Shimon Peres, e o da Defesa,
com Binyamin Ben Eliezer.
Segundo pesquisas, o Likud poderia aumentar o número de cadeiras que possui no Knesset caso
as eleições fossem agora.
A decisão dos trabalhistas de
sair do governo aconteceu após
eles discordarem da destinação
de uma verba do Orçamento para
assentamentos judaicos, em vez
de alocá-la em programas sociais.
Para voltar a ter maioria no
Knesset, Sharon está negociando
a entrada do partido Yisrael Beiteinu na sua coalizão.
O atual premiê está no poder há
cerca de 20 meses, após o trabalhista Ehud Barak deixar o cargo.
Ele montou um governo de união
nacional para lidar com a Intifada
(o levante palestino contra a ocupação israelense), iniciada há
mais de dois anos. O Parlamento
completa quatro anos de mandato no ano que vem.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderada por Iasser
Arafat, se disse preocupada com a
saída dos trabalhistas do governo
israelense. Peres era tido como
uma das principais vias de comunicação entre os dois lados.
"Não dá para imaginar as atrocidades que estão por vir", disse o
ministro da ANP Ghassan al-Khatib. Netanyahu já se manifestou favoravelmente à expulsão de
Arafat dos territórios palestinos.
Com agências internacionais
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