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GUERRA À VISTA
Negativa vale mesmo com aval da ONU
Sauditas dizem que não cederão bases para ação contra o Iraque
DA REDAÇÃO
A Arábia Saudita, tradicional
aliada dos EUA no Oriente Médio, disse ontem que não permitirá o uso de suas bases militares
para um eventual ataque ao Iraque, mesmo se a ação for aprovada pelas Nações Unidas.
"Nós vamos obedecer a decisão
do Conselho de Segurança da
ONU e vamos cooperar. Mas entrar no conflito cedendo as bases é
algo diferente", afirmou o ministro saudita das Relações Exteriores, príncipe Saud al-Faisal, em
entrevista à TV CNN.
A declaração do ministro saudita foi a mais dura rejeição de auxiliar os americanos em um possível ataque ao Iraque.
Mary Matalin, conselheira do
vice-presidente americano, Dick
Cheney, disse em seguida à CNN
que os EUA têm muitos outros
aliados na região com quem poderão contar.
"Temos muitos amigos e aliados na região e temos muitos
amigos e aliados no mundo. Nunca nos envolveríamos [em um
conflito" sem estarmos seguros de
que podemos fazer bem nosso
trabalho", disse ela.
O porta-voz da Casa Branca Ari
Fleischer disse que não faria comentários sobre "questões operacionais ou de apoio".
Anteriormente, o príncipe Al-Faisal havia dado indicações divergentes das de ontem, nas quais
considerava a hipótese de os EUA
usarem as bases militares existentes no país. Não há informações
sobre o que teria feito os sauditas
mudarem de posição.
Na entrevista para a CNN, o
príncipe afirmou que prefere uma
resolução política para a situação
no Iraque.
Os EUA buscam derrubar o ditador iraquiano, Saddam Hussein, a quem acusam de estar produzindo armas de destruição em
massa. Ele nega.
Saddam afirmou ontem que a
determinação dos americanos e
dos britânicos de realizar uma
guerra no Iraque pode entrar em
colapso devido aos sentimentos
contrários a um conflito armado
nos dois países. A declaração foi
dada ao semanário "Al-Osboa",
do Egito.
Com agências internacionais
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