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PRÓ-PINOCHET
Oposição fala em "complô"
das agências internacionais
A oposição chilena pró-Pinochet disse ontem que a
detenção do general em
Londres só foi possível graças a um "complô internacional do socialismo".
"Participaram desse complô os socialistas chilenos,
que legitimaram o processo
ilegal na Espanha e alertaram o juiz sobre o itinerário
de Pinochet", afirmou comunicado da oposição conservadora.
Juan Antonio Coloma, deputado da União Democrata Independente (UDI), disse que os socialistas apóiam
"o inaceitável procedimento a que Pinochet e o país
vêm sendo submetidos".
Os partidos Renovação
Nacional, UDI e União de
Centro, que formam o bloco de centro-direita e
apóiam -ou não atacam-
Pinochet, receberam cerca
de 36% dos votos nas eleições parlamentares de 97,
contra 50% dos partidos de
centro-esquerda.
Um dos principais fatores
do apoio a Pinochet são os
resultados econômicos de
seu governo (73-90). O Chile foi o país sul-americano
com o maior crescimento
econômico nos anos 80.
Em 88, quando ainda era
presidente, o general Pinochet perdeu um plebiscito
para decidir sua permanência no poder. Cerca de 54%
dos chilenos disseram
"não" à continuação do regime, e o "sim" obteve
43%.
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