São Paulo, quarta, 4 de novembro de 1998

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CATÁSTROFE
Furacão causou 9.089 mortes, segundo dados oficiais; desaparecidos são 14 mil
Mitch já é o mais mortal desde 1780

das agências internacionais

O número oficial de mortes causadas pelos efeitos do Mitch subiu ontem para 9.098 na América Central, o que o torna o mais mortal dos furacões registrados na região desde 1780.
Ontem, o governo de Honduras confirmou que só no país há 7.000 mortos. A informação foi divulgada por Nahúm Balladares, porta-voz da Presidência. As outras vítimas fatais foram registradas em El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica e Panamá.
Os estragos causados pelo Mitch deixaram também pelo menos 14 mil desaparecidos e mais de 2,5 milhões de feridos ou desabrigados em toda a América Central.
Segundo estimativas, o número de mortes deve ultrapassar 10 mil, já que as destruições causadas pelo furacão impedem buscas e resgates em regiões afetadas. Segundo o Ministério das Obras Públicas de Honduras, edifícios em 60% do território foram danificados.
Em 1780, o Grande Furacão, como foi chamado, provocou a morte de 22 mil pessoas na América Central. Neste século, o Fifi, em 1974, matou 8.000 na região- há estimativas, porém, que apontam para 10 mil vítimas fatais do Fifi.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, as estimativas sobre mortes nesse tipo de catástrofe podem variar bastante devido principalmente ao fato de um furacão se deslocar e poder atingir áreas amplas. As dificuldades aumentam na América Central, onde não há um órgão que centralize as informações.
Ontem, o Mitch, que rumou para o México, perdeu sua força e se tornou uma tempestade tropical, mas um dos maiores problemas para os países da América Central é a recuperação de suas cidades e da atividade econômica.
A Comissão Européia e o governo da Suíça anunciaram ontem ajuda de US$ 8,8 milhões aos países afetados pelo Mitch.
Ontem, os Estados Unidos enviaram mais tropas, com botes salva-vidas e aeronaves, para auxiliar no resgate de vítimas na Nicarágua e em Honduras.



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