|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
General é alvo de novo processo
DA REDAÇÃO
Cerca de 20 ex-presos políticos
chilenos que afirmam ter sido torturados durante o regime do general Augusto Pinochet (1973-90)
entraram com uma ação judicial
ontem contra o ex-ditador e seu
ex-ministro do Interior, Sergio
Fernández, segundo informaram
os advogados das vítimas.
A ação foi apresentada à Corte
de Apelações de Santiago, cinco
dias após a publicação do relatório final da Comissão Nacional
sobre Prisão Política e Tortura,
praticadas pelos militares e agentes secretos contra 28 mil pessoas
durante os anos Pinochet.
Os advogados Hugo Gutiérrez,
Alfredo Morgado e Julia Urquieta
argumentam que o ex-ditador e
seu ministro lideraram uma "associação ilícita" com o objetivo de
cometer os crimes relatados no
documento. "Essa associação ilícita permanece até o dia de hoje,
com o fim de encobrir esses crimes", disse Urquieta.
A ação coincidiu com uma petição apresentada por três deputados do Partido pela Democracia,
que faz parte da coalizão no governo, à Suprema Corte chilena
para que ordene a abertura de
processos contra Pinochet pelos
crimes descritos no informe.
Os deputados afirmam na petição que o informe contém "claras
evidências sobre a execução de
milhares de ilícitos penais".
De acordo com a deputada Laura Soto, que assinou a petição,
"trata-se de delitos de ação pública, portanto os tribunais têm a
obrigação de agir, mesmo se não
houver uma apresentação [de
ação] específica".
Com agências internacionais
Texto Anterior: América Latina: Pinochet recebeu US$ 6,8 mi por viagens Próximo Texto: Oriente Médio: Hamas agora aceita diálogo com Israel Índice
|