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QUEDA NO MAR
Motivo foi má condição dos aviões da companhia de vôos charter; França auxilia resgate dos corpos dos 148 mortos
Suíça vetou empresa aérea egípcia em 2002
DA REDAÇÃO
Autoridades suíças revelaram
ontem que haviam proibido, em
2002, a companhia aérea de vôos
charter egípcia Flash Airlines de
operar na Suíça devido às supostas más condições de seus aviões.
Anteontem, um Boeing 737 da
empresa caiu no mar Vermelho,
matando todos os 148 ocupantes.
"Durante uma inspeção, descobrimos que a companhia aérea
era uma ameaça à segurança da
aviação. Se uma empresa é proibida [de usar o espaço aéreo], isso
significa que os problemas são
graves", disse Celestine Perissinotto, porta-voz do Escritório Federal Suíço para a Aviação Civil.
A TV Al Jazira informou que
um dos proprietários da empresa
aérea disse que os aviões estavam
em dia com a manutenção.
O ministro da Aviação do Egito,
Ahmed Shafeeq Zaki, declarou
que as afirmações "não tinham
fundamento": "Se eles têm qualquer prova, precisam entregá-las". Perissinotto disse que o relatório foi enviado na época ao governo egípcio. "Não tivemos qualquer retorno desde então", afirmou a porta-voz suíça.
O ministro dos Transportes
francês, Gilles de Robien, disse
que o país recebeu um alerta da
Suíça em relação aos aviões da
Flash Airlines, mas que duas inspeções no terceiro trimestre do
ano passado não encontraram
problemas.
"Isso significa que os aviões pareciam em perfeita ordem", afirmou Robien. Segundo ele, somente quando a caixa-preta do
avião for encontrada será possível
determinar as causas do acidente.
A Flash Airlines existe há seis
anos e, antes do acidente, tinha
dois Boeings-737 produzidos em
1993. Quando a Suíça determinou
a proibição, uma das aeronaves
foi obrigada a fazer um pouso de
emergência em Atenas. Há um
ano, aconteceu outro pouso forçado em Genebra. A aeronave havia saído de Roma rumo a Paris.
O avião que caiu no sábado
poucos instantes após a decolagem levava 133 turistas franceses
da estância turística Sharm el
Sheikh de volta a Paris.
O governo francês enviou quatro aviões, uma fragata, um submarino-robô e 50 especialistas,
incluindo 16 mergulhadores, para
participar das operações de resgate dos corpos e destroços do
avião.
Segundo o vice-chanceler francês, Renaud Muselier, tudo indica
que o avião caiu devido a alguma
falha técnica e a possibilidade de
ter havido um ataque terrorista é
bastante remota.
Com agências internacionais
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