DA REDAÇÃO

O jornal britânico "The Observer" afirma em sua edição de ontem que a British Airways não pretende voar com guardas armados a bordo de seus aviões, preferindo, quando isso for necessário, cancelar o vôo.
Citando um memorando interno da companhia, o jornal diz que a empresa julga que o fato de o governo decidir ser necessário colocar um policial armado em determinado vôo já seria motivo para cancelá-lo.
"Essa é a nossa política, independentemente da capacidade do governo de mobilizar oficiais armados", afirma o documento, segundo o jornal.
Depois de cancelar duas vezes nesta semana o vôo BA223 entre Londres e Washington, a British Airways conseguiu, nos últimos dois dias, fazer com que ele fosse concluído, embora mais de três horas atrasados.
Passageiros disseram que a vigilância no aeroporto de Heathrow "dava medo". "Tinha quatro ou cinco guardas no portão carregando o que acho que eram rifles AK-47", disse Jim McCutchan.
Outro jornal britânico, o "Sunday Times", citando uma alta fonte do serviço de inteligência, disse que há informações de que a Al Qaeda pretende fazer um ataque semelhante aos do 11 de Setembro.
O plano preveria o sequestro de vários aviões, incluindo um da British Airways, para serem jogados contra alvos americanos. Já o "Sunday Telegraph", também citando fontes do governo, disse que dois membros da Al Qaeda estão infiltrados no Reino Unido e pretendem explodir um sapato-bomba no banheiro de algum avião.
Desde que os serviços de inteligência dos EUA lançaram um alerta contra a possibilidade de atentados terroristas nas festas de fim de ano, diversos vôos foram cancelados, e outros, escoltados pelos EUA.