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AMÉRICA LATINA
Trinidad é deportado
Colômbia caça líderes das Farc no exterior
DA REDAÇÃO
O comandante do Exército colombiano, general Martín Orlando Carreño, disse ontem que a
perseguição contra lideranças das
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) continuará
nos países vizinhos, onde, segundo ele, "[outros líderes] se escondem, como Simón Trinidad".
Capturado na noite de sexta-feira no Equador e em seguida deportado para a Colômbia, Trinidad, 53, é o primeiro membro do
secretariado da guerrilha terrorista de esquerda (composto por sete guerrilheiros) a ser preso em 40
anos de insurgência das Farc contra o Estado colombiano.
Os dois países apresentaram
versões contraditórias sobre a prisão de Trinidad.
A polícia equatoriana afirma
que ele foi preso por acaso em
uma operação contra imigrantes
ilegais em Quito.
Já o Ministério da Defesa da Colômbia diz que ele foi detido após
ter sido rastreado pelo serviço de
inteligência do país, com o apoio
do governo norte-americano.
Ontem, o Exército colombiano
divulgou vídeos em que Trinidad
aparece andando nas ruas de Quito, dias antes de sua prisão.
O guerrilheiro foi levado para
Bogotá anteontem por um avião
militar colombiano escoltado por
três helicópteros Black Hawk.
"Temos conhecimento de que
esses cabeças passam para os países vizinhos com nomes e documentos falsos para fugir das autoridades colombianas, mas os perseguiremos com a colaboração
dos países onde esses terroristas
se encontram", disse Carreño.
O general, no entanto, não mencionou nenhum país em específico. O Brasil é um dos países limítrofes, com cerca de 1.600 km de
fronteira comum. No ano passado, o governo brasileiro anunciou
o deslocamento de 3.000 homens
para a região. A Colômbia também tem fronteiras com Equador,
Venezuela, Peru e Panamá.
Ex-negociador das Farc no fracassado processo de paz do governo de Andrés Pastrana (1998-2002), Trinidad é de uma família
tradicional colombiana e estudou
na Universidade Harvard (EUA).
O presidente Álvaro Uribe, eleito com um duro discurso contra
as Farc, disse após a captura "que
o terrorismo nunca será campeão". O governo reforçou a segurança no país.
Com agências internacionais
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