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GUERRA CIVIL
Exército angolano diz ter matado 730 homens da Unita
Guerrilha acusa governo por derrubada de aviões em Angola
das agências internacionais
A guerrilha Unita acusou ontem
o governo angolano de ser o responsável pela derrubada de dois
aviões que estavam a serviço das
Nações Unidas.
Segundo o grupo guerrilheiro,
ninguém sobreviveu nos dois incidentes. "O governo abateu os
aviões. Eles estão procurando uma
razão para abalar a reputação internacional da Unita", disse Alcides Sakala, porta-voz de assuntos
internacionais da guerrilha.
A Unita (União Nacional para a
Independência Total de Angola)
assinou um acordo de paz com o
governo em 1994, mas combates
voltaram a acontecer no final do
ano passado. Segundo o governo,
730 guerrilheiros foram mortos
em confrontos ocorridos no mês
passado.
A rádio estatal angolana afirmou
ontem que um ataque rebelde a
Malanje (379 km a leste de Luanda,
a capital) deixou pelo menos dez
mortos.
O principal foco dos choques é a
região central do país, onde os dois
aviões foram derrubados, em 26 de
dezembro e no último sábado. A
primeira aeronave levava 14 pessoas, e a segunda, oito.
O governo acusa a Unita pelos
ataques aos aviões e afirma que sobreviventes da primeira aeronave
derrubada estão em poder da
guerrilha.
Por causa dos incidentes, a ONU
suspendeu seus vôos em Angola e
determinou a retirada de seu pessoal das zonas de conflito.
A suspensão total das atividades
da organização no país não está
descartada.
A ONU qualificou ontem de
"inaceitável" o fato de os dois lados do conflito não estarem cooperando na localização dos aviões.
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