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IMPEACHMENT
Presidente mantém data de discurso no Congresso
Processo não altera rotina de Clinton
MARCELO DIEGO
de Nova York
O presidente Bill Clinton não vai
adiar seu discurso anual no Congresso, marcado para o dia 19 deste
mês, e nem comparecerá para depor no Senado sobre o processo de
impeachment. As afirmações foram dadas ontem por um porta-voz da Casa Branca.
Anteontem, senadores democratas (governo) e republicanos (oposição) haviam pedido que Clinton
adiasse o discurso, conhecido como "estado da União", enquanto o
impeachment não fosse votado.
"Poderia distrair a atenção neste
instante", disse o senador republicano Slade Gorton, por exemplo.
A Casa Branca avisou que o processo não iria interferir no trabalho normal do presidente. A apresentação de um relatório anual é
uma tradição política nos EUA.
O novo Congresso norte-americano toma posse amanhã, sem saber ainda quais serão as regras do
processo de impeachment.
As discussões no Senado devem
começar no dia 7 de janeiro (quinta-feira). Por enquanto, há duas
correntes principais.
²
Voto preliminar
Os líderes dos dois partidos pretendem aprovar o voto preliminar,
que decidiria se o Senado vota o
processo completo de impeachment ou se já arquiva o caso, discutindo uma censura ao presidente.
A hipótese sofre resistência dentro do Partido Republicano, cujos
senadores querem um processo
completo (incluindo depoimento
de testemunhas), ainda que longo.
A idéia do voto preliminar deve
ser colocada em votação até 11 de
janeiro.
Os senadores divergem, no entanto, sobre o número de votos para aprová-la. Segundo republicanos, são necessários 67 (2/3) dos
100 votos. Para os democratas, o
voto preliminar pode ser colocado
em prática com 51 votos.
Segundo a revista "Time", a fórmula tem 40% de aprovação entre
os senadores. Um processo de impeachment com tempo e número
de testemunhas limitados tem
aprovação de 15%.
Bill Clinton está sendo acusado
de falso testemunho e obstrução
da Justiça durante a investigação
de seu envolvimento com a ex-estagiária Monica Lewinsky.
Para ser removido do cargo, são
necessários 67 votos no Senado.
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