São Paulo, terça, 5 de janeiro de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conheça a síndrome de Jerusalém

especial para a Folha

O misticismo de Jerusalém serve de munição a pregadores de diferentes seitas e religiões em todo o mundo. O caráter religioso da cidade é responsável também por uma doença psiquiátrica que acomete algumas dezenas de visitantes anualmente: a síndrome de Jerusalém.
Desde os anos 70, os sintomas estão catalogados nos livros médicos de Israel: após conhecer a cidade, uma pessoa sem histórico de desvios psicológicos passa a se vestir de branco, orar em algum dos locais sagrados e apresentar desejo compulsivo de purificar a si e aos demais.
Em casos extremos, as vítimas da síndrome desaparecem por alguma semanas e reaparecem dizendo ser Jesus, São João Batista, o Messias ou o rei David -entre outras celebridades bíblicas.
Segundo o hospital psiquiátrico de Kfar Shaul, em Jerusalém, cerca de 200 pessoas por ano apresentam esses sintomas.
Em 98, por exemplo, o país teve três casos simultâneos de mulheres afirmando ser a Virgem Maria.
Após um período que costuma ser breve, a pessoa acometida da Síndrome de Jerusalém costuma retomar sua vida normal.
As autoridades israelenses temem que, com o aumento do número de peregrinos à cidade sagrada entre este ano e o próximo, o número de casos da síndrome cresça na mesma medida. O país, visitado por 2,5 milhões de turistas por ano, deve receber mais de 4 milhões no ano 2000. (MS)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.