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Conheça a síndrome de Jerusalém
especial para a Folha
O misticismo de Jerusalém serve
de munição a pregadores de diferentes seitas e religiões em todo o
mundo. O caráter religioso da cidade é responsável também por
uma doença psiquiátrica que acomete algumas dezenas de visitantes anualmente: a síndrome de Jerusalém.
Desde os anos 70, os sintomas estão catalogados nos livros médicos
de Israel: após conhecer a cidade,
uma pessoa sem histórico de desvios psicológicos passa a se vestir
de branco, orar em algum dos locais sagrados e apresentar desejo
compulsivo de purificar a si e aos
demais.
Em casos extremos, as vítimas da
síndrome desaparecem por alguma semanas e reaparecem dizendo
ser Jesus, São João Batista, o Messias ou o rei David -entre outras
celebridades bíblicas.
Segundo o hospital psiquiátrico
de Kfar Shaul, em Jerusalém, cerca
de 200 pessoas por ano apresentam esses sintomas.
Em 98, por exemplo, o país teve
três casos simultâneos de mulheres afirmando ser a Virgem Maria.
Após um período que costuma
ser breve, a pessoa acometida da
Síndrome de Jerusalém costuma
retomar sua vida normal.
As autoridades israelenses temem que, com o aumento do número de peregrinos à cidade sagrada entre este ano e o próximo, o
número de casos da síndrome
cresça na mesma medida. O país,
visitado por 2,5 milhões de turistas
por ano, deve receber mais de 4
milhões no ano 2000.
(MS)
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