São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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entrevista

"Não podemos deixar surgir um país socialista"

DA ENVIADA A NASHVILLE

Para o ex-funcionário da indústria automobilística Jeffrey McQueen, o movimento "Tea Party" chegou para reunificar os EUA depois de décadas de divisão entre republicanos e democratas. Motivado pelo desejo de impedir o que vê como implantação do socialismo nos EUA, ele falou à Folha ontem antes de se registrar para a primeira convenção nacional do movimento.

 


FOLHA - Como o sr. se envolveu com o "Tea Party"?
JEFFREY MCQUEEN - Depois que fiquei desempregado, concluí que ainda teria meu emprego se o governo não tivesse se metido em nossos mercados. Comecei a ir a passeatas do "Tea Party" para encontrar pessoas que também não estavam satisfeitas. Sinto que é minha obrigação ajudar meu país, e sou abençoado por ter perdido meu emprego e poder doar meu tempo.

FOLHA - Qual é seu objetivo?
MCQUEEN - Quero ajudar a restaurar a liberdade neste país e lutar contra o socialismo. Acho que nosso presidente e os radicais que o rodeiam estão tentando implantar um Estado socialista. Não podemos deixar isso acontecer.

FOLHA - Como o sr. atua no movimento hoje?
MCQUEEN - Vi no "Tea Party" muita gente raivosa com símbolos de cobras ou com a bandeira dos EUA de cabeça para baixo. Não me pareceu respeitoso. Resolvi usar o modelo da bandeira da Revolução e adicionei o número 2 para mostrar que estamos vivendo a segunda Revolução Americana. Comecei um website para vender as bandeiras e em 14 dias tinha pedidos de todos os 50 Estados. Acho que sou a única pessoa investindo em um novo negócio em Michigan hoje.

FOLHA - O que o sr. acha do presidente Obama?
MCQUEEN - Ele está perdido. Nunca governou nem uma loja de doces, é um organizador comunitário que não sabe organizar nem um armário, e agora tudo o que ele está tentando fazer está fracassando. Ele está tentando violar a Constituição de várias formas, e não sei de onde ele pensa que tirou esses poderes. Depois que o tirarmos de lá, vamos ter muito trabalho para reverter o que ele anda fazendo.


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