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São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2003

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CORÉIA DO NORTE

Segundo autoridades, aviões serviriam para deter possíveis agressões de Pyongyang caso haja uma guerra ao Iraque

EUA enviam 24 bombardeiros à região das Coréias

DA REUTERS

Apesar de terem reafirmado ontem que o impasse com a Coréia do Norte ainda pode ser resolvido pela via diplomática, os EUA enviaram ontem 24 bombardeiros B-1 e B-52 à ilha de Guam, no Pacífico, para deter qualquer tentativa de agressão por parte de Pyongyang caso haja uma guerra no Iraque, afirmaram autoridades americanas ontem.
As autoridades, que não quiseram se identificar, disseram que a iniciativa era uma medida prudente para manter a paz na península da Coréia, mas que não havia sido provocada pelo incidente, de anteontem, envolvendo um avião de reconhecimento americano e quatro caças norte-coreanos.
A imprensa oficial da Coréia do Norte disse que a operação pode causar um "holocausto nuclear".
Mais cedo, os EUA haviam dito que a interceptação do avião americano pela Coréia do Norte era "imprudente", mas que queriam uma solução diplomática.
O porta-voz do presidente George W. Bush, Ari Fleischer, afirmou: "O presidente continua acreditando que isso possa ser resolvido diplomaticamente".
O governo americano estudava ontem maneiras de protestar formalmente contra o incidente, no qual quatro caças norte-coreanos interceptaram um avião de reconhecimento da Força Aérea americana em espaço aéreo internacional sobre o mar do Japão e chegaram a uma distância de 15 metros do jato ao escoltá-lo.
Segundo Davis, os caças -dois MiG-29 e dois presumidos MiG-23- acompanharam por 20 minutos o RC-135 americano a 240 km da costa da Coréia do Norte.
Esse foi o primeiro incidente envolvendo aeronaves norte-coreanas e americanas desde que um avião de reconhecimento dos EUA foi abatido no espaço aéreo internacional em 1969.
Funcionários do governo dos EUA, que não quiseram se identificar, afirmaram ontem que vôos de reconhecimento americanos naquela área haviam sido temporariamente suspensos enquanto Washington avaliava a situação.
Fleischer disse que os EUA estavam discutindo como reagir ao incidente com a Coréia do Sul e outros aliados. "Esse tipo de comportamento imprudente da Coréia do Norte só levará a um isolamento maior" do país.
Washington não tem relações diplomáticas com Pyongyang, mas uma forma de protesto seria por meio da missão da Coréia do Norte na ONU, em Nova York.
Coréia do Sul e EUA realizaram ontem exercícios militares perto da fronteira entre as duas Coréias.


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