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CORÉIA DO NORTE
Segundo autoridades, aviões serviriam para deter possíveis agressões de Pyongyang caso haja uma guerra ao Iraque
EUA enviam 24 bombardeiros à região das Coréias
DA REUTERS
Apesar de terem reafirmado
ontem que o impasse com a Coréia do Norte ainda pode ser resolvido pela via diplomática, os
EUA enviaram ontem 24 bombardeiros B-1 e B-52 à ilha de
Guam, no Pacífico, para deter
qualquer tentativa de agressão
por parte de Pyongyang caso haja
uma guerra no Iraque, afirmaram
autoridades americanas ontem.
As autoridades, que não quiseram se identificar, disseram que a
iniciativa era uma medida prudente para manter a paz na península da Coréia, mas que não havia
sido provocada pelo incidente, de
anteontem, envolvendo um avião
de reconhecimento americano e
quatro caças norte-coreanos.
A imprensa oficial da Coréia do
Norte disse que a operação pode
causar um "holocausto nuclear".
Mais cedo, os EUA haviam dito
que a interceptação do avião americano pela Coréia do Norte era
"imprudente", mas que queriam
uma solução diplomática.
O porta-voz do presidente
George W. Bush, Ari Fleischer,
afirmou: "O presidente continua
acreditando que isso possa ser resolvido diplomaticamente".
O governo americano estudava
ontem maneiras de protestar formalmente contra o incidente, no
qual quatro caças norte-coreanos
interceptaram um avião de reconhecimento da Força Aérea americana em espaço aéreo internacional sobre o mar do Japão e chegaram a uma distância de 15 metros do jato ao escoltá-lo.
Segundo Davis, os caças -dois
MiG-29 e dois presumidos MiG-23- acompanharam por 20 minutos o RC-135 americano a 240
km da costa da Coréia do Norte.
Esse foi o primeiro incidente envolvendo aeronaves norte-coreanas e americanas desde que um
avião de reconhecimento dos
EUA foi abatido no espaço aéreo
internacional em 1969.
Funcionários do governo dos
EUA, que não quiseram se identificar, afirmaram ontem que vôos
de reconhecimento americanos
naquela área haviam sido temporariamente suspensos enquanto
Washington avaliava a situação.
Fleischer disse que os EUA estavam discutindo como reagir ao
incidente com a Coréia do Sul e
outros aliados. "Esse tipo de comportamento imprudente da Coréia do Norte só levará a um isolamento maior" do país.
Washington não tem relações
diplomáticas com Pyongyang,
mas uma forma de protesto seria
por meio da missão da Coréia do
Norte na ONU, em Nova York.
Coréia do Sul e EUA realizaram
ontem exercícios militares perto
da fronteira entre as duas Coréias.
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