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ÁSIA
Na abertura do Congresso Nacional do Povo, premiê anuncia projeto para fortalecer agricultura e aumentar salários
China planeja tirar trabalhadores rurais da pobreza
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro da China,
Wen Jiabao, anunciou ontem em
Pequim, na abertura da sessão
anual do Congresso Nacional do
Povo (Parlamento), a intenção de
diminuir o grande fosso de desenvolvimento que separa as regiões
rurais do país dos centros urbanos mais adiantados. Wen também revelou planos de investimentos para "modernizar" as
Forças Armadas chinesas.
O premiê disse que o país deve
ter uma expansão da economia de
7% neste ano. Além disso, Wen
afirmou que o crescimento econômico chinês, o mais elevado do
planeta há vários anos, tem de ser
controlado para que não mine a
"coesão nacional". Essa preocupação advém do fato de que o país
vem apresentando um crescimento da inflação.
A intenção das autoridades é diminuir a defasagem existente entre as regiões mais ricas do país
(leste) e as mais pobres (oeste), tirando centenas de milhões de chineses da pobreza. "Devemos adotar políticas mais diretas e eficazes
para fortalecer, apoiar e proteger
a agricultura e aumentar os salários nas zonas rurais, de acordo
com as necessidades para equilibrar os desenvolvimentos urbano
e rural", disse Wen.
O primeiro-ministro também
anunciou a intenção de modernizar as Forças Armadas, que contam com 1,7 milhão de homens.
"Vamos fazer enérgicas reformas
militares, dentro das características chinesas, e trabalhar duro para modernizar a defesa nacional,
levando as Forças Armadas a um
nível mais elevado de desenvolvimento."
Wen afirmou que a China jamais "permitirá que Taiwan se separe da China", mas disse que o
país trabalhará intensamente para promover uma "reunificação
pacífica" com a "Província rebelde". A nova iniciativa de paz de
Wen -sob o princípio de "uma
só China"-, de acordo com analistas ocidentais, deverá ser rejeitada pelos líderes políticos da ilha.
Os parlamentares deverão, durante os dez dias da sessão anual
do Congresso Nacional do Povo,
aprovar a inserção na Constituição chinesa da "teoria das três representações", do ex-presidente
Jiang Zemin, que abriu caminho
para a entrada de empresários no
Partido Comunista. Também deverão aprovar a proteção à propriedade privada "obtida legalmente", algo impensável no passado e já anunciado antes.
Com agências internacionais
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