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LESTE EUROPEU
Kravchenko, que era acusado de ligação com a morte de um repórter, teria cometido suicídio
Polêmico ministro é achado morto na Ucrânia
DA REUTERS
Yuri Kravchenko, que fora ministro do Interior da Ucrânia e era
acusado de envolvimento no assassinato de um jornalista, aparentemente cometeu suicídio ontem, segundo a polícia local.
O presidente Viktor Yushchenko, que chegou ao poder recentemente após ruidosos protestos
populares e a realização de dois
segundos turnos da eleição presidencial, acusou a administração
de seu predecessor, Leonid Kuchma, de acobertar o assassinato,
em 2000, do repórter Georgiy
Gongadze, no que se tornou o
mais famoso caso de crime na
Ucrânia pós-URSS.
Citando fontes ligadas aos serviços de segurança ucranianos, a
agência de notícias Interfax afirmou que Kravchenko deixara
uma mensagem escrita, afirmando ter-se suicidado por causa "de
Kuchma e de seus assessores". O
suicídio, segundo a nota, tinha como objetivo proteger sua família.
Kuchma, que estava de férias na
República Tcheca, reiterou sua
inocência e disse que retornaria à
Ucrânia para pôr fim às especulações. O corpo de Kravchenko foi
encontrado em sua casa de campo, perto da capital ucraniana,
Kiev. A polícia disse que as primeiras investigações corroboravam a tese do suicídio, e um funcionário graduado do Ministério
do Interior afirmou que o corpo
tinha dois furos de bala.
Kravchenko era ministro do Interior quando Gongadze foi assassinado. Ele devia entregar ontem documentos sobre o caso à
Promotoria. "Se ele realmente cometeu suicídio, isso significa que
ele estava com medo da responsabilidade por seus atos ligados ao
assassinato de Gongadze", afirmou a primeira-ministra da
Ucrânia, Yulia Timoshenko.
"Se não houve suicídio, creio
que tenha sido uma tentativa de
esconder informações sobre o assassinato", acrescentou.
Gongadze, 31, tinha um diário
na internet e fazia duras críticas a
Kuchma e a empresários.
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