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CRISE POLÍTICA
Afastamento tem pouca chance de obter maioria necessária
Comissão do Congresso paraguaio sugere impeachment de Cubas
das agências internacionais
Uma comissão do Congresso paraguaio aprovou anteontem recomendação para iniciar um processo de impeachment contra o presidente Raúl Cubas.
A Comissão de Assuntos Constitucionais recomendou o impeachment de Cubas, por 6 votos a 2,
porque ele se recusa a mandar
prender o general Lino Oviedo.
Oviedo, padrinho político de Cubas, foi condenado a dez anos de
prisão por tentativa de golpe contra o então presidente em 1996,
Juan Carlos Wasmosy.
A Suprema Corte paraguaia determinou que Cubas prenda Oviedo, mas ele se recusa a cumprir a
ordem. Segundo o presidente, o
general já foi absolvido, por um
tribunal militar extraordinário
criado pelo presidente especialmente para analisar a questão.
O porta-voz da comissão do
Congresso admitiu ser pouco provável que a oposição a Cubas obtenha os dois terços dos votos na Câmara e no Senado necessários para
afastar o presidente.
"Mas acreditamos que o país deve receber uma mensagem clara do
Congresso, no sentido de que não
abandonou sua tarefa de julgar e
punir violações da Constituição",
disse o porta-voz Blas Llano.
Segundo previsão de deputados,
a questão deve ser analisada pelos
congressistas dentro de, no máximo, 20 dias.
A Suprema Corte também está
processando criminalmente Cubas, na Justiça comum, por causa
da recusa em prender Oviedo.
Se condenado, Cubas pode receber sentença de 3 a 5 anos de prisão. O presidente da Suprema Corte, Wildo Rienzi, afirmou ontem
que, no Paraguai, "predomina a
força ou o direito da besta".
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