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Juiz rejeita confissão da pivô de Abu Ghraib
DA REDAÇÃO
Um juiz militar suspendeu ontem o julgamento da recruta americana Lynddie England, pivô do
escândalo de tortura na prisão
iraquiana de Abu Ghraib.
O coronel James Pohl não aceitou a declaração de culpa da ré,
que fazia parte de um acordo para
reduzir sua pena. "Neste momento, não é possível tirar conclusões
sobre culpa", afirmou o juiz.
England ficou conhecida por
protagonizar cenas de humilhação ou maus-tratos de prisioneiros iraquianos, registradas em fotos que vieram à tona em abril de
2004 e puseram em xeque a credibilidade dos militares dos EUA.
Dentro de um acordo, a recruta
se declarou culpada, na última segunda, de sete das nove acusações
que sofreu. Mas o juiz rejeitou a
declaração. Embora o governo
não possa, teoricamente, rejeitar
o caso, especialistas acreditam ser
improvável um novo acordo.
Ao ouvir a decisão e ser indagada se gostaria de acrescer um comentário, England, 22, acenou
negativamente com a cabeça. Seu
advogado, Rick Hernandez, afirmou apenas que estava decepcionado com o fracasso da tentativa
de acordo.
Pohl interrompeu por várias vezes o procedimento do tribunal
militar para advertir que o depoimento da recruta e de outras testemunhas de defesa eram praticamente uma declaração de inocência. "Ambos os lados deram indícios de que não há como resolver
esse impasse", afirmou.
O caso agora será reiniciado e
pode levar meses.
Até agora, nenhum oficial graduado foi indiciado por conta do
escândalo.
Com agências internacionais
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