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Bush lamenta para Berlusconi morte de agente
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou ontem
ao premiê italiano, Silvio Berlusconi, para lamentar a morte
de um agente italiano por soldados dos EUA no Iraque. Os
dois líderes prometeram um ao
outro que o incidente, ocorrido
no último dia 4 de março, não
afetaria a relação entre os dois
países, aliados na guerra.
Calipari foi morto a tiros em
uma barreira perto do aeroporto de Bagdá quando havia acabado de conseguir a libertação
da jornalista italiana Giuliana
Sgrena, que passou um mês seqüestrada. Ela e outro agente
italiano foram feridos.
Após investigação conjunta,
Washington e Roma emitiram
comunicados distintos: enquanto os EUA eximiram seus
soldados de culpa, dizendo que
o carro corria e ignorou alertas
para parar, a Itália concluiu
que os americanos falharam
em sinalizar a barreira, citando
o cansaço e a inexperiência dos
militares.
A manifestação foi uma rara
demonstração de falta de consenso entre os dois países.
O gabinete de Berlusconi, que
contribuiu com 3.000 soldados
com a aliança encabeçada pelos EUA, descreveu o telefonema de ontem como uma conversa "longa e cordial", no qual
os dois países reafirmaram seu
compromisso com a questão
iraquiana. Já a Casa Branca disse que o presidente "reiterou
seu lamento e "transmitiu as
condolências ao premiê pela
trágica morte acidental".
O incidente causou atrito entre os dois países. Desde então,
o governo italiano está sob
pressão interna e externa para
reavaliar a permanência de
seus soldados no Iraque.
Com agências internacionais
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