São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2005

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Bush lamenta para Berlusconi morte de agente

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, telefonou ontem ao premiê italiano, Silvio Berlusconi, para lamentar a morte de um agente italiano por soldados dos EUA no Iraque. Os dois líderes prometeram um ao outro que o incidente, ocorrido no último dia 4 de março, não afetaria a relação entre os dois países, aliados na guerra.
Calipari foi morto a tiros em uma barreira perto do aeroporto de Bagdá quando havia acabado de conseguir a libertação da jornalista italiana Giuliana Sgrena, que passou um mês seqüestrada. Ela e outro agente italiano foram feridos.
Após investigação conjunta, Washington e Roma emitiram comunicados distintos: enquanto os EUA eximiram seus soldados de culpa, dizendo que o carro corria e ignorou alertas para parar, a Itália concluiu que os americanos falharam em sinalizar a barreira, citando o cansaço e a inexperiência dos militares.
A manifestação foi uma rara demonstração de falta de consenso entre os dois países.
O gabinete de Berlusconi, que contribuiu com 3.000 soldados com a aliança encabeçada pelos EUA, descreveu o telefonema de ontem como uma conversa "longa e cordial", no qual os dois países reafirmaram seu compromisso com a questão iraquiana. Já a Casa Branca disse que o presidente "reiterou seu lamento e "transmitiu as condolências ao premiê pela trágica morte acidental".
O incidente causou atrito entre os dois países. Desde então, o governo italiano está sob pressão interna e externa para reavaliar a permanência de seus soldados no Iraque.


Com agências internacionais

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