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São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2003

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Ato de colonos contra plano reúne 40 mil

DA REDAÇÃO

Cerca de 40 mil colonos judeus participaram ontem de uma manifestação na praça Zion, em Jerusalém, contra o plano de paz para a região, o qual classificaram como "uma humilhante rendição ao terror palestino".
Os colonos, assentados na Cisjordânia e na faixa de Gaza, territórios ocupados por Israel na guerra árabe-israelense de 1967, são contrários à promessa do premiê Ariel Sharon de desativar as colônias consideradas ilegais, como prevê o plano discutido ontem na reunião de Ácaba.
"A cúpula de Ácaba foi uma cerimônia humilhante na qual o governo israelense celebrou sua rendição ao terror palestino", disse um comunicado do Conselho Yesha, que representa cerca de 200 mil colonos da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Segundo o grupo, 1.094 israelenses já foram mortos em ataques palestinos na última década. "O terror aumentou por causa dos acordos de Oslo [de 1993, que deu aos palestinos autonomia sobre algumas cidades], e agora o governo de Sharon vai cometer o mesmo erro", diz o comunicado.
Durante a manifestação de ontem, os colonos levavam cartazes que diziam "Não a dar a eles um Estado palestino", "Estado palestino: um desastre para o Estado de Israel" e "Sharon é como seus antecessores".
Segundo eles, o protesto de ontem foi o primeiro de uma série de manifestações e atos de desobediência civil contra o que consideram uma traição de Sharon.
O premiê israelense é apoiado no Parlamento por partidos de extrema direita, como o Partido Nacional Religioso, que tem 6 das 120 cadeiras e representa os colonos.
Apesar da oposição manifestada pelos colonos, o plano de paz tem a aprovação da maioria dos israelenses, segundo as pesquisas.

Proteção
A segurança do premiê Ariel Sharon foi reforçada nos últimos dias, por temor a um possível ataque por parte de colonos radicais. Em 1995, o então premiê, Yitzhak Rabin, foi assassinado por um judeu ultranacionalista contrário aos acordos de Oslo.


Com agências internacionais


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