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Ato de colonos contra plano reúne 40 mil
DA REDAÇÃO
Cerca de 40 mil colonos judeus
participaram ontem de uma manifestação na praça Zion, em Jerusalém, contra o plano de paz para
a região, o qual classificaram como "uma humilhante rendição ao
terror palestino".
Os colonos, assentados na Cisjordânia e na faixa de Gaza, territórios ocupados por Israel na
guerra árabe-israelense de 1967,
são contrários à promessa do premiê Ariel Sharon de desativar as
colônias consideradas ilegais, como prevê o plano discutido ontem na reunião de Ácaba.
"A cúpula de Ácaba foi uma cerimônia humilhante na qual o governo israelense celebrou sua rendição ao terror palestino", disse
um comunicado do Conselho
Yesha, que representa cerca de
200 mil colonos da Cisjordânia e
da faixa de Gaza.
Segundo o grupo, 1.094 israelenses já foram mortos em ataques palestinos na última década.
"O terror aumentou por causa
dos acordos de Oslo [de 1993, que
deu aos palestinos autonomia sobre algumas cidades], e agora o
governo de Sharon vai cometer o
mesmo erro", diz o comunicado.
Durante a manifestação de ontem, os colonos levavam cartazes
que diziam "Não a dar a eles um
Estado palestino", "Estado palestino: um desastre para o Estado de
Israel" e "Sharon é como seus antecessores".
Segundo eles, o protesto de ontem foi o primeiro de uma série de
manifestações e atos de desobediência civil contra o que consideram uma traição de Sharon.
O premiê israelense é apoiado
no Parlamento por partidos de
extrema direita, como o Partido
Nacional Religioso, que tem 6 das
120 cadeiras e representa os colonos.
Apesar da oposição manifestada pelos colonos, o plano de paz
tem a aprovação da maioria dos
israelenses, segundo as pesquisas.
Proteção
A segurança do premiê Ariel
Sharon foi reforçada nos últimos
dias, por temor a um possível ataque por parte de colonos radicais.
Em 1995, o então premiê, Yitzhak
Rabin, foi assassinado por um judeu ultranacionalista contrário
aos acordos de Oslo.
Com agências internacionais
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