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Lei da educação é rejeitada e causa protestos no Chile
Treze são presos em dia de greve geral no setor
DA FRANCE PRESSE
Debaixo de forte chuva e um
frio de 12ºC, cerca de 5.000
professores e estudantes saíram ontem às ruas de Santiago
em protesto contra a nova Lei
Geral de Educação, que o governo enviou ao Congresso.
Manifestantes e policiais se
enfrentaram por mais de uma
hora, resultando em 13 presos e
um professor ferido. A multidão parou a principal avenida
da capital, carregando faixas e
um boneco gigante que retratava a presidente chilena Michelle Bachelet. Policiais usaram
gás lacrimogêneo e jatos de
água para deter manifestantes
que atiravam pedras e paus.
A mobilização foi convocada
pelo sindicato nacional dos
professores e ganhou a adesão
dos estudantes. Há semanas,
vários colégios e universidades
do país estão paralisados. A intenção dos manifestantes é retirar do Congresso a nova lei,
que consideram insuficiente
para garantir educação de qualidade sobretudo aos pobres.
O projeto, analisado pelos
parlamentares, visa substituir a
Lei Orgânica de Ensino (Loce),
criada durante a ditadura de
Augusto Pinochet (1973-1990).
A Loce é considerada a grande vilã da educação pública no
Chile, porque transferiu aos
municípios a administração
dos colégios públicos, criando
um fosso entre a educação em
cidades ricas e pobres e em instituições públicas e privadas.
Em 2006, maciças mobilizações estudantis pediram o fim
da Loce. Bachelet, então, criou
uma comissão para desenhar a
nova lei que agora é rejeitada
por estudantes e professores. A
ministra da Educação, Mónica
Jiménez, pediu o fim dos protestos e mais diálogo.
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