São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2008

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Lei da educação é rejeitada e causa protestos no Chile

Treze são presos em dia de greve geral no setor

DA FRANCE PRESSE

Debaixo de forte chuva e um frio de 12ºC, cerca de 5.000 professores e estudantes saíram ontem às ruas de Santiago em protesto contra a nova Lei Geral de Educação, que o governo enviou ao Congresso.
Manifestantes e policiais se enfrentaram por mais de uma hora, resultando em 13 presos e um professor ferido. A multidão parou a principal avenida da capital, carregando faixas e um boneco gigante que retratava a presidente chilena Michelle Bachelet. Policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água para deter manifestantes que atiravam pedras e paus.
A mobilização foi convocada pelo sindicato nacional dos professores e ganhou a adesão dos estudantes. Há semanas, vários colégios e universidades do país estão paralisados. A intenção dos manifestantes é retirar do Congresso a nova lei, que consideram insuficiente para garantir educação de qualidade sobretudo aos pobres.
O projeto, analisado pelos parlamentares, visa substituir a Lei Orgânica de Ensino (Loce), criada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
A Loce é considerada a grande vilã da educação pública no Chile, porque transferiu aos municípios a administração dos colégios públicos, criando um fosso entre a educação em cidades ricas e pobres e em instituições públicas e privadas.
Em 2006, maciças mobilizações estudantis pediram o fim da Loce. Bachelet, então, criou uma comissão para desenhar a nova lei que agora é rejeitada por estudantes e professores. A ministra da Educação, Mónica Jiménez, pediu o fim dos protestos e mais diálogo.


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