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ELEIÇÕES NA INDONÉSIA
Conflito de rua marca o fim da campanha
das agências internacionais
O último dia da campanha eleitoral na Indonésia, ontem, foi marcado por violência nas ruas. Militantes contra e a favor do Golkar, o
partido do governo, se enfrentaram com pedras e coquetéis molotov (bombas incendiárias).
Pela primeira vez desde 1955,
cerca de 130 milhões de eleitores
participam de eleições multipartidárias para o Parlamento na próxima segunda. O pleito deve marcar
a transição democrática no país,
que viveu, no ano passado, o fim
do regime de 32 anos do presidente
Suharto (que era do Golkar).
Motos e ônibus foram incendiados ontem. No bairro de Senen, a
leste de Jacarta, soldados dispararam balas de borracha contra um
grupo de cerca de 2.000 pessoas.
Militantes de oposição atacaram
uma passeata pró-Golkar que reuniu cerca de 10 mil no centro da capital indonésia. Eles gritavam slogans a favor de Megawati Sukarnoputri, principal líder da oposição e
candidata à Presidência.
Nenhum partido deve obter sozinho a maioria no Parlamento. Mas
membros do Golkar admitem que
o partido pode perder o governo.
O Partido da Luta Democrática,
de Sukarnoputri (filha de Sukarno,
líder da independência da Indonésia, deposto por Suharto), deve obter maioria ao se coligar com partidos ligados a grupos muçulmanos.
O Parlamento deve apontar, em
novembro, o sucesso de Jusuf Habibie na Presidência. Habibie assumiu após a renúncia de Suharto,
em maio de 98.
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