São Paulo, Sábado, 05 de Junho de 1999
Texto Anterior | Índice

ELEIÇÕES NA INDONÉSIA
Conflito de rua marca o fim da campanha

das agências internacionais

O último dia da campanha eleitoral na Indonésia, ontem, foi marcado por violência nas ruas. Militantes contra e a favor do Golkar, o partido do governo, se enfrentaram com pedras e coquetéis molotov (bombas incendiárias).
Pela primeira vez desde 1955, cerca de 130 milhões de eleitores participam de eleições multipartidárias para o Parlamento na próxima segunda. O pleito deve marcar a transição democrática no país, que viveu, no ano passado, o fim do regime de 32 anos do presidente Suharto (que era do Golkar).
Motos e ônibus foram incendiados ontem. No bairro de Senen, a leste de Jacarta, soldados dispararam balas de borracha contra um grupo de cerca de 2.000 pessoas.
Militantes de oposição atacaram uma passeata pró-Golkar que reuniu cerca de 10 mil no centro da capital indonésia. Eles gritavam slogans a favor de Megawati Sukarnoputri, principal líder da oposição e candidata à Presidência.
Nenhum partido deve obter sozinho a maioria no Parlamento. Mas membros do Golkar admitem que o partido pode perder o governo.
O Partido da Luta Democrática, de Sukarnoputri (filha de Sukarno, líder da independência da Indonésia, deposto por Suharto), deve obter maioria ao se coligar com partidos ligados a grupos muçulmanos.
O Parlamento deve apontar, em novembro, o sucesso de Jusuf Habibie na Presidência. Habibie assumiu após a renúncia de Suharto, em maio de 98.


Texto Anterior: Dez anos da morte do aiatolá: Rivais disputam legado de Khomeini
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.