São Paulo, sábado, 05 de julho de 2008

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Militares de firma privada de Israel ajudaram operação, relatam jornais

DA REDAÇÃO

Além da participação americana, novas informações divulgadas ontem sugerem que as forças colombianas contaram com a ajuda de militares reformados de Israel para o planejamento do resgate, na última quarta-feira, de Ingrid Betancourt e 14 reféns das Farc.
Dados sobre a participação israelense foram publicados ontem pela rádio militar de Israel e pelos jornais locais "Haaretz" e "Yediot Aharonot". O "Haaretz" afirma que os israelenses treinaram os soldados colombianos participantes e venderam equipamentos e tecnologia de inteligência.
O envolvimento foi feito por meio da empresa de assessoria em segurança Global CST, dirigida por dois generais israelenses da reserva, Israel Ziv e Yossi Kuperwasser. A firma emprega dezenas de ex-membros de unidades de elite israelenses (incluindo o Mossad, o serviço de contraespionagem Shin Bet e as forças de defesa) e obteve, com autorização do Ministério da Defesa de Israel, um contrato de US$ 10 milhões para ajudar no combate às Farc.
Segundo Ziv, a empresa está "profundamente envolvida" na assessoria das forças especiais colombianas -mas não no resgate em si. "Fornecemos às forças especiais medios sofisticados para combater" a guerrilha, disse ele ao "Yediot Aharonot".
Outra fonte da companhia disse ao "Haaretz" que eles ajudaram "a planejar operações e estratégias e a desenvolver fontes de inteligência. É muito (...) mas não deve ser exagerado".
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que "nem um único estrangeiro participou [do resgate]" e que autoridades dos EUA só foram informadas dez dias antes. O embaixador americano em Bogotá, William Bronfield, disse que a operação foi acompanhada "pelos mais altos níveis" de Washington.


Com agências internacionais


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