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Militares de firma privada de Israel ajudaram operação, relatam jornais
DA REDAÇÃO
Além da participação americana, novas informações divulgadas ontem sugerem que as
forças colombianas contaram
com a ajuda de militares reformados de Israel para o planejamento do resgate, na última
quarta-feira, de Ingrid Betancourt e 14 reféns das Farc.
Dados sobre a participação
israelense foram publicados
ontem pela rádio militar de Israel e pelos jornais locais "Haaretz" e "Yediot Aharonot". O
"Haaretz" afirma que os israelenses treinaram os soldados
colombianos participantes e
venderam equipamentos e tecnologia de inteligência.
O envolvimento foi feito por
meio da empresa de assessoria
em segurança Global CST, dirigida por dois generais israelenses da reserva, Israel Ziv e Yossi
Kuperwasser. A firma emprega
dezenas de ex-membros de
unidades de elite israelenses
(incluindo o Mossad, o serviço
de contraespionagem Shin Bet
e as forças de defesa) e obteve,
com autorização do Ministério
da Defesa de Israel, um contrato de US$ 10 milhões para ajudar no combate às Farc.
Segundo Ziv, a empresa está
"profundamente envolvida" na
assessoria das forças especiais
colombianas -mas não no resgate em si. "Fornecemos às forças especiais medios sofisticados para combater" a guerrilha,
disse ele ao "Yediot Aharonot".
Outra fonte da companhia
disse ao "Haaretz" que eles ajudaram "a planejar operações e
estratégias e a desenvolver fontes de inteligência. É muito (...)
mas não deve ser exagerado".
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos,
afirmou que "nem um único estrangeiro participou [do resgate]" e que autoridades dos EUA
só foram informadas dez dias
antes. O embaixador americano em Bogotá, William Bronfield, disse que a operação foi
acompanhada "pelos mais altos
níveis" de Washington.
Com agências internacionais
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