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ELEIÇÃO
100 mil poderão usar a rede
Americanos votarão pela internet em 2004
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
Cerca de 100 mil eleitores americanos vão poder votar pela internet na eleição presidencial de novembro do ano que vem.
O programa é comandado pelo
Pentágono e vai afetar militares
baseados no exterior e outros expatriados, que têm domicílio eleitoral em dez Estados dos EUA.
A idéia é que o processo seja
simples. Os eleitores precisariam
apenas de um computador que
tenha o programa Windows (no
mínimo a versão 95), uma ligação
à internet e 1 dos 2 programas de
conexão mais conhecidos (Explorer ou Navigator).
O total de eleitores com acesso à
votação on-line representa cerca
de 0,1% do número de votantes
na última eleição presidencial, em
2000, em que George W. Bush
derrotou Al Gore. Aquela eleição
foi decidida pela Suprema Corte,
após disputas sobre o resultado
das urnas -houve problemas de
contagem na Flórida, Estado que
foi decisivo para Bush.
Em 2000, houve a primeira experiência de votação on-line, em
caráter experimental, com 84 pessoas votando pela internet.
A administração investiu US$
22 milhões e diz que desenvolveu
bastante o sistema de segurança,
podendo aumentar significativamente a abrangência da votação.
Nos EUA, expatriados podem
votar pelo correio. Mas, em 2000,
29% dos eleitores que viviam no
exterior disseram não ter recebido a correspondência com sua cédula ou tê-la recebido muito tarde. O primeiro objetivo do governo é fazer o sistema via internet
substituir a votação por correio.
Em 2000, o eleitorado estrangeiro
tendeu para o lado republicano.
Dentro do país, Bush perdeu
para Gore em números absolutos,
mas levou o cargo por causa do
sistema indireto utilizado nos
EUA, em que o vencedor de um
Estado ganha todo o seu "peso"
no Colégio Eleitoral.
Washington diz que o novo sistema vai aumentar a participação
no processo eleitoral, especialmente entre os jovens. Nos EUA,
o voto não é obrigatório. Mas críticos do projeto dizem que ainda é
muito difícil controlar fraudes pela internet e que poderia ser impossível rastreá-las depois.
A abrangência do programa
ainda depende de mudanças nas
legislações estaduais -o governo
americano pretende deixar o sistema disponível para todos os
eleitores, mas os Estados terão
que aceitar utilizá-lo.
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