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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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ELEIÇÃO

100 mil poderão usar a rede

Americanos votarão pela internet em 2004

ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

Cerca de 100 mil eleitores americanos vão poder votar pela internet na eleição presidencial de novembro do ano que vem.
O programa é comandado pelo Pentágono e vai afetar militares baseados no exterior e outros expatriados, que têm domicílio eleitoral em dez Estados dos EUA.
A idéia é que o processo seja simples. Os eleitores precisariam apenas de um computador que tenha o programa Windows (no mínimo a versão 95), uma ligação à internet e 1 dos 2 programas de conexão mais conhecidos (Explorer ou Navigator).
O total de eleitores com acesso à votação on-line representa cerca de 0,1% do número de votantes na última eleição presidencial, em 2000, em que George W. Bush derrotou Al Gore. Aquela eleição foi decidida pela Suprema Corte, após disputas sobre o resultado das urnas -houve problemas de contagem na Flórida, Estado que foi decisivo para Bush.
Em 2000, houve a primeira experiência de votação on-line, em caráter experimental, com 84 pessoas votando pela internet.
A administração investiu US$ 22 milhões e diz que desenvolveu bastante o sistema de segurança, podendo aumentar significativamente a abrangência da votação.
Nos EUA, expatriados podem votar pelo correio. Mas, em 2000, 29% dos eleitores que viviam no exterior disseram não ter recebido a correspondência com sua cédula ou tê-la recebido muito tarde. O primeiro objetivo do governo é fazer o sistema via internet substituir a votação por correio. Em 2000, o eleitorado estrangeiro tendeu para o lado republicano.
Dentro do país, Bush perdeu para Gore em números absolutos, mas levou o cargo por causa do sistema indireto utilizado nos EUA, em que o vencedor de um Estado ganha todo o seu "peso" no Colégio Eleitoral.
Washington diz que o novo sistema vai aumentar a participação no processo eleitoral, especialmente entre os jovens. Nos EUA, o voto não é obrigatório. Mas críticos do projeto dizem que ainda é muito difícil controlar fraudes pela internet e que poderia ser impossível rastreá-las depois.
A abrangência do programa ainda depende de mudanças nas legislações estaduais -o governo americano pretende deixar o sistema disponível para todos os eleitores, mas os Estados terão que aceitar utilizá-lo.


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