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ORIENTE MÉDIO
Cerca pode ser alterada
Israel liga nova retirada a combate a terroristas
DA REDAÇÃO
O ministro da Defesa israelense,
Shaul Mofaz, disse ontem que Israel não vai retirar tropas de mais
cidades palestinas na Cisjordânia
até a ANP (Autoridade Nacional
Palestina) começar a combater os
grupos terroristas.
A afirmação, porém, aconteceu
no mesmo dia em que outras autoridades anunciaram que Israel
pode fazer uma concessão aos palestinos: a cerca separando o país
da Cisjordânia pode ter o seu traçado alterado. A linha divisória ficaria mais próxima da divisão dos
dois territórios. Assentamentos
importantes, como Ariel, ficariam
no lado palestino.
A possível decisão de mudar o
traçado seria tomada devido às
fortes pressões dos EUA. Os americanos, segundo o diário israelense "Haaretz", estariam dispostos até mesmo a cortar garantias
de empréstimos aos israelenses. A
informação não foi confirmada
oficialmente.
Em comunicado oficial, Mofaz
exigiu que o premiê palestino,
Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, tome medidas contra os responsáveis por
ataque a tiros que feriu quatro israelenses em uma estrada perto
de Belém (Cisjordânia). A cidade
é a única da Cisjordânia que já foi
desocupada por Israel.
A ação, ocorrida anteontem, foi
reivindicada pelo grupo terrorista
Brigadas dos Mártires de Al Aqsa,
ligado ao Fatah (facção política do
presidente da ANP, Iasser Arafat).
O governo israelense tem demonstrado insatisfação com a falta de ação dos palestinos. Anteontem, os israelenses rejeitaram
uma proposta apresentada pela
ANP de negociar uma trégua permanente com os terroristas.
Mazen afirma que não tem condições ainda de combater os terroristas na Cisjordânia e que o
ideal é trazer os grupos para o
campo da negociação política.
Libertação
O premiê israelense, Ariel Sharon, deve se reunir amanhã com
Mazen para discutir a libertação
de 342 prisioneiros palestinos,
que deve começar no mesmo dia.
Os palestinos têm reclamado do
número de prisioneiros a serem
soltos. Além de desejarem que a
maior parte dos 7.000 prisioneiros palestinos sejam soltos, eles ficaram insatisfeitos com a redução
do total de presos a serem libertados -previa-se que mais duas
centenas entrariam na lista.
Com agências internacionais
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