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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Cerca pode ser alterada

Israel liga nova retirada a combate a terroristas

DA REDAÇÃO

O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, disse ontem que Israel não vai retirar tropas de mais cidades palestinas na Cisjordânia até a ANP (Autoridade Nacional Palestina) começar a combater os grupos terroristas.
A afirmação, porém, aconteceu no mesmo dia em que outras autoridades anunciaram que Israel pode fazer uma concessão aos palestinos: a cerca separando o país da Cisjordânia pode ter o seu traçado alterado. A linha divisória ficaria mais próxima da divisão dos dois territórios. Assentamentos importantes, como Ariel, ficariam no lado palestino.
A possível decisão de mudar o traçado seria tomada devido às fortes pressões dos EUA. Os americanos, segundo o diário israelense "Haaretz", estariam dispostos até mesmo a cortar garantias de empréstimos aos israelenses. A informação não foi confirmada oficialmente.
Em comunicado oficial, Mofaz exigiu que o premiê palestino, Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, tome medidas contra os responsáveis por ataque a tiros que feriu quatro israelenses em uma estrada perto de Belém (Cisjordânia). A cidade é a única da Cisjordânia que já foi desocupada por Israel.
A ação, ocorrida anteontem, foi reivindicada pelo grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política do presidente da ANP, Iasser Arafat).
O governo israelense tem demonstrado insatisfação com a falta de ação dos palestinos. Anteontem, os israelenses rejeitaram uma proposta apresentada pela ANP de negociar uma trégua permanente com os terroristas.
Mazen afirma que não tem condições ainda de combater os terroristas na Cisjordânia e que o ideal é trazer os grupos para o campo da negociação política.

Libertação
O premiê israelense, Ariel Sharon, deve se reunir amanhã com Mazen para discutir a libertação de 342 prisioneiros palestinos, que deve começar no mesmo dia.
Os palestinos têm reclamado do número de prisioneiros a serem soltos. Além de desejarem que a maior parte dos 7.000 prisioneiros palestinos sejam soltos, eles ficaram insatisfeitos com a redução do total de presos a serem libertados -previa-se que mais duas centenas entrariam na lista.


Com agências internacionais


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