São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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Paquistão tem 52 mil desalojados

das agências internacionais

Os choques na fronteira da Caxemira já obrigaram cerca de 52 mil pessoas a deixarem suas casas no lado paquistanês, disse ontem Ishaq Zafar, ministro responsável pela região. Segundo dados oficiais, 60 pessoas já morreram na Caxemira paquistanesa, contra 35 na parte indiana.
A troca de tiros e os bombardeios entre tropas da Índia e do Paquistão se intensificaram ontem, no sexto dia consecutivo de combate na Caxemira.
Autoridades paquistanesas disseram que três civis, entre os quais uma criança de 3 anos, morreram ontem.
Separatistas islâmicos fizeram ontem novo ataque a civis na Caxemira indiana, matando 19 pessoas de três famílias na cidade de Salina, localizada a cerca de 45 km da fronteira entre os dois países, na cordilheira do Himalaia.
Os ataques terroristas dentro do Estado indiano de Jammu e Caxemira preocupam a população, que tenta se refugiar também do conflito na fronteira com o Paquistão.
O chanceler paquistanês, Gohar Ayub Khan, convocou ontem a Índia para negociações de paz na Caxemira com mediação internacional. "Precisamos de uma declaração do premiê indiano, demonstrando intenção de negociar", disse Khan à rádio BBC.
O premiê da Índia, Atal Behari Vajpayee, disse ontem que deseja dialogar com o país vizinho. Nova Déli não aceita, porém, a participação de mediadores internacionais nas discussões.



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