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Presidente afirma que diálogo
leva a "cenário de democracia"
das agências internacionais
O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, reiterou ontem sua
intenção de dialogar com as guerrilhas esquerdistas e de combater
o cultivo e o tráfico de drogas.
"A Colômbia enfrenta duas
guerras nitidamente diferenciadas: a guerra do narcotráfico contra o país e o mundo e o enfrentamento da guerrilha contra a atual
ordem social", disse Pastrana.
O governo "sabe muito bem
que, com o narcotráfico, não existe nem deve existir entendimento
algum. Com a guerrilha, é possível dialogar para construir um cenário de democracia", afirmou o
presidente, ao lado do chefe do
Comando Sul dos EUA, general
Charles Wilhelm.
A Colômbia é o primeiro produtor mundial de cocaína. Wilhelm acusou ontem alguns guerrilheiros de colaborar com membros do narcotráfico, em troca de
dinheiro.
Para fortalecer a luta contra o
narcotráfico, 3.000 soldados colombianos foram mobilizados
para vigiar 8.000 km de rios, principalmente no sul do país, onde se
concentra a maior parte do cultivo de drogas.
A Colômbia vive um conflito
em que se enfrentam guerrilheiros de esquerda, Exército e forças
paramilitares direitistas.
Os principais grupos guerrilheiros são as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia,
maior guerrilha do país, com cerca de 15 mil homens) e o ELN
(Exército de Libertação Nacional), que controlam 40% do território do país. O conflito já causou
mais de 30 mil mortes desde seu
início, nos anos 60.
Em seu primeiro ano de governo, Pastrana tem priorizado as
negociações de paz com os grupos guerrilheiros.
O governo voltou a pedir "reconciliação" com a ELN desde
que o grupo liberte os mais de 60
reféns que mantém em seu poder.
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