São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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Obama manteve foco de política antiterror nas 'vulnerabilidades'

DE WASHINGTON

Em abril deste ano, a escala de alertas coloridos do Departamento da Segurança Interna, que mantinha os EUA em perpétua vigília, foi substituída por um sistema restrito e mais criterioso.
Mas o governo de Barack Obama, afirmam especialistas à Folha, não mudou essencialmente a política antiterror da era Bush, ainda que tenha amenizado a retórica.
Embora o levantamento mensal do Gallup sobre as maiores preocupações dos americanos mostre que o assunto perdeu peso, mais de um terço dos entrevistados em outra pesquisa do instituto disse em agosto que temia ser vítima de um atentado.
É menos que os 59% de outubro de 2001, mas mais do que os 24% de 2000.
"Com o 11 de Setembro, a avaliação [do governo] deixou de ser focada na ameaça e passou a se basear nas vulnerabilidades", diz Brian Michael Jenkins, da consultoria de segurança Rand. "O problema é que as vulnerabilidades são sempre infinitas."
Segundo Jenkins, o pensamento se reflete em ações atabalhoadas. Ele evoca a prisão do nigeriano que entrou com explosivos num avião em 2009. Reação? Os EUA instalando scanners
corporais nos aeroportos. "Até um ataque menor nos faz dispor de milhões em recursos." (LC)


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