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IRAQUE SOB TUTELA
EUA lançam novos ataques contra Sadr City e Fallujah, onde pelo menos 11 pessoas foram mortas
Carros-bomba matam 26 em Bagdá e Mossul
DA REDAÇÃO
Explosões de carros-bomba
mataram ao menos 26 pessoas em
diferentes episódios em Bagdá e
em Mossul (norte) ontem. Já as
forças dos EUA mantiveram as
ações contra cidades controladas
por insurgentes. Em um novo ataque aéreo americano, 11 pessoas
foram mortas em Fallujah.
O alvo de um dos carros-bomba
ontem foi a entrada da zona verde
-região de Bagdá que abriga a
embaixada americana e vários
prédios do governo iraquiano.
Pelo menos 15 pessoas morreram
e 80 ficaram feridas.
Uma hora mais tarde, um segundo carro-bomba explodiu,
atingindo um comboio de três
veículos que deixava um estacionamento que é utilizado por hotéis de luxo.
Tanto a zona verde quanto a
área dos hotéis já foram alvo de
outros atentados no passado.
Dois carros-bomba explodiram
em Mossul, no norte do Iraque, a
360 km de Bagdá. Um deles explodiu perto de uma escola primária, matando cinco pessoas, incluindo duas crianças.
A segunda explosão tinha como
alvo um comboio de veículos militares americanos. Um soldado
dos EUA ficou ferido na explosão.
Nenhum militar americano
morreu nos ataques de ontem.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, comentou os atentados
em discurso de campanha em Des
Moines (Iowa). "Estamos lidando
com um inimigo que não tem
consciência. Hoje um carro-bomba explodiu perto de uma escola.
Essas pessoas são brutais."
Os EUA estão preparando grandes operações para assumir o
controle de todas as cidades nas
mãos de insurgentes antes das
eleições de janeiro. Após Samarra, onde ocorreu ampla operação
americana no fim de semana, os
próximos alvos devem ser as cidades de Fallujah e Ramadi, além da
área de Sadr City, em Bagdá.
Ontem a região de Sadr City,
considerada um bastião do clérigo xiita Moqtada al Sadr, sofreu
novo ataque aéreo dos EUA. Não
há informação de vítimas. Há relatos de que também ocorriam
combates terrestres.
As constantes ações aéreas dos
EUA em Fallujah, como a de ontem, visam, segundo autoridades
americanas, atingir forças leais ao
terrorista jordaniano Abu Musab
al Zarqawi, considerado um dos
principais mentores das ações anti-EUA no Iraque.
O comando militar americano
anunciou ontem que o governo
interino do Iraque construirá 300
postos fronteiriços e dobrará o total de tropas nas divisas do país
para tentar impedir o fluxo de insurgentes e de armas.
Rumsfeld
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, disse ontem
que tinha conhecimento de que
não havia "evidências fortes" ligando Saddam Hussein Al Qaeda.
A afirmação ocorre apesar de ele
ter descrito contatos entre o ex-ditador e a rede terrorista antes da
invasão americana, em 2003.
O ministro da Defesa da Polônia, Jerzy Szmajdzinski, afirmou
que o país pode retirar as tropas
do Iraque até o fim de 2005. O premiê polonês, Marek Belka, disse,
porém, que não foi consultado sobre o tema. Horas mais tarde, o
presidente Aleksander Kwasniewski disse que não há decisão
final sobre o tema, mas acrescentou que o governo considera uma
retirada no fim do ano que vem.
Pesquisa divulgada ontem pelo
Centro Iraquiano de Pesquisa e
Estudos Estratégicos indica que
66,8% dos iraquianos estão propensos a votar nas eleições de janeiro. O número indica uma queda de 22 pontos percentuais em
relação a junho.
Petróleo por comida
Relatório de investigação do
Congresso dos EUA concluiu que
Rússia, França e China bloquearam tentativas dos governos americano e britânico de investigar
denúncias de corrupção no programa Petróleo por Comida no
Iraque, conforme publicou ontem o jornal "New York Times".
O principal motivo, segundo o
documento, é que companhias
dos três países "tinham muito a
ganhar com a manutenção" da situação. Administrado pela ONU
entre 1996 e 2003, o programa
permitia o Iraque vender uma
quantidade limitada de petróleo
para a compra de alimentos para
a população. O programa movimentou US$ 65 bilhões.
Com agências internacionais
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