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4 militares dos EUA são
acusados de assassinato
DA REUTERS
As Forças Armadas americanas
acusaram quatro militares do país
de assassinato no caso de um general iraquiano que morreu sufocado depois de ter sua cabeça colocada à força num saco de dormir e de ser alvo de abusos físicos
durante um interrogatório ocorrido no Iraque em novembro, segundo informação divulgada ontem pelo Exército dos EUA.
O general iraquiano Abid Hamed Mowhoush, importante comandante das defesas antiaéreas
do ex-ditador Saddam Hussein,
morreu, em 26 de novembro passado, de "asfixia por conta de
compressão peitoral". Ele estava
sob custódia das forças americanas em Al Qaim, perto da fronteira com a Síria, de acordo com
atestado de óbito divulgado pelo
Exército dos EUA em maio.
As acusações são as últimas de
uma série de denúncias feitas
contra militares americanos por
causa de supostos abusos cometidos contra prisioneiros no Iraque
e no Afeganistão.
A acusação de assassinato pode
ser punida com prisão perpétua
sem direito à liberdade condicional, de acordo com declaração
oficial divulgada pelo Exército.
Inicialmente, as Forças Armadas dos EUA afirmaram que o general tinha morrido de causas naturais. Após a divulgação de fotos
de tortura de detidos na prisão de
Abu Ghraib, perto de Bagdá, porém, o Exército mudou a versão
original sobre a morte do general.
Segundo um resumo das acusações feitas contra os quatro militares, Mowhoush foi sufocado
com o auxílio de um saco de dormir e de fios de eletricidade. Um
soldado teria sentado em seu peito quando ele estava amarrado e
tinha o saco de dormir em sua cabeça. Ele ficou preso duas semanas antes de morrer.
O relatório inicial dizia que o general tinha passado mal e morrido de causas naturais, segundo
um cirurgião militar.
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