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Flórida volta
a concentrar a
atenção do país
DE WASHINGTON
As eleições nos Estados da Flórida (sul) e de Dakota do Sul (centro-norte) transformaram-se em
microcosmos da batalha nacional
pelo poder nos EUA.
Na Flórida, o governador republicano Jeb Bush tenta se reeleger
dois anos depois de ter ajudado
seu irmão George W. Bush a conquistar a Casa Branca.
Em 2000, Jeb colocou em risco
sua própria carreira política ao rejeitar um pedido dos democratas
para recontar milhares de votos
parcialmente perfurados por máquinas de votação antiquadas. A
definição do vitorioso nas eleições
presidenciais entre Bush e Al Gore (democrata) só foi definida 36
dias depois do pleito por causa
dos problemas de apuração na
Flórida, resolvidos com controversas decisões judiciais locais e
federais.
O episódio não só transformou
Jeb num dos principais inimigos
dos democratas, como também
expôs ao mundo sistemas de apuração e de votação incompatíveis
com o país que simboliza o berço
da democracia moderna e das novas tecnologias.
Para "vingar" 2000, o ex-presidente democrata Bill Clinton
uniu-se a Al Gore numa maratona para promover o adversário de
Jeb, o candidato democrata Bill
McBride.
Durante discursos inflamados
nos últimos dias, Clinton tem revivido a polêmica das eleições
presidenciais de 2000. "Se vocês
não forem às urnas por causa do
que aconteceu na última vez, vão
deixar que tomem seu voto duas
vezes", alertou Clinton.
Jeb Bush tem recebido o apoio
explícito do irmão, do pai, o ex-presidente George Bush, e da
mãe, Barbara, uma das primeiras-damas mais populares da história
americana. Os três estiveram na
Flórida no final de semana em comícios montados para garantir a
eleição de Jeb e proteger a imagem da "dinastia Bush" na política americana.
Pesquisas indicam que Jeb tem
uma pequena vantagem sobre
McBride, apesar das feridas das
eleições de 2000 e de um problema familiar. Em outubro, a filha
de Jeb, Noelle Bush, foi presa por
dez dias depois que cocaína foi
supostamente encontrada em seu
sapato durante um tratamento
contra o uso de drogas.
Em Dakota do Sul, outro Estado-chave, o presidente Bush envolveu-se numa batalha pessoal
com seu principal adversário na
política nacional, o líder democrata no Senado, Tom Daschle.
Bush participou pessoalmente da
escolha de John Thune, um deputado republicano, para disputar o
Senado contra o senador Tim
Johson, escolhido de Daschle.
Durante a campanha, Bush já
foi quatro vezes ao pequeno Estado para promover o nome de
Thune, um recorde histórico para
um presidente durante eleições
parlamentares. Daschle, que representa Dakota do Sul no Senado, tem visitado os eleitores pessoalmente.
(MA)
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