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Anistia Internacional acusa Israel
de cometer "crimes de guerra"
DA REDAÇÃO
A Anistia Internacional acusou
Israel de ter cometido "crimes de
guerra" nas suas incursões nas cidades palestinas de Jenin e Nablus
(Cisjordânia) durante a operação
Muro Protetor, entre março e
maio deste ano.
A organização de defesa dos direitos humanos afirmou ainda
que o atual ministro da Defesa de
Israel, Shaul Mofaz, deveria ser
julgado por crimes de guerra por
essas ações nos territórios palestinos. Na época, Mofaz era comandante das Forças Armadas.
De acordo com a Anistia, há
"provas claras de que algumas
ações do Exército israelense foram crimes de guerra". Israel,
afirma a organização, "matou
pessoas sem julgamento, torturou
e tratou de maneira inadequada
prisioneiros e destruiu indiscriminadamente centenas de casas".
Além disso, segundo a Anistia,
Israel teria bloqueado o acesso de
ambulâncias a essas cidades, impedido o trabalho de ajuda humanitária e utilizado palestinos como "escudos humanos" durante
buscas de militantes.
Para finalizar, a Anistia diz que
as autoridades israelenses falharam ao não levar para a Justiça os
autores "dessas graves violações
aos direitos humanos".
Israel nega as acusações da
Anistia. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Daniel
Taub disse que a organização ignorou as razões que levaram os
militares a realizarem as incursões. Segundo ele, os palestinos
utilizaram áreas residenciais e
ambulâncias no planejamento de
atentados terroristas.
O ex-chanceler Shimon Peres,
que deixou o cargo na semana
passada, afirmou que estavam
dando muito peso para o relatório. "A Anistia é uma organização
que tenta criar um mundo melhor, mas não são juízes", disse.
Em julho, a Anistia Internacional divulgou outro relatório afirmando que os atentados suicidas
palestinos eram "crimes contra a
humanidade".
Já a ONU, após realizar investigação sobre a operação Muro
Protetor, afirmou que não havia
provas de que Israel cometeu
massacre em Jenin, como alegavam os palestinos. Mas disse que
os dois lados violaram as leis internacionais nos confrontos.
O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser
Arafat, disse que o relatório da
Anistia era "muito importante" e
pediu para que a comunidade internacional lute para que seja encerrada a ocupação israelense nos
territórios palestinos.
Com agências internacionais
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