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TERROR
Seis supostos membros da Al Qaeda morrem após explosão em carro provocada por míssil disparado por aeronave não tripulada
CIA mata supostos terroristas no Iêmen
DA REDAÇÃO
Um míssil disparado por uma
aeronave não tripulada da CIA
(agência de inteligência dos EUA)
atingiu anteontem um carro que
levava supostos membros da rede
terrorista Al Qaeda, de Osama bin
Laden, no noroeste do Iêmen,
matando vários ocupantes, segundo um funcionário do governo americano.
Segundo ele, militares americanos não estiveram envolvidos diretamente na ação, que teria matado seis pessoas, incluindo um
suspeito de ter participado do ataque a bomba ao destróier americano USS Cole no porto iemenita
de Aden, há dois anos. O Departamento de Defesa e a CIA não quiseram fazer comentários oficialmente sobre o incidente.
Segundo a agência de notícias
oficial iemenita, as "informações
preliminares" eram de que um
dos mortos na explosão seria Ali
Qaed Sinan al-Harthi, que ocupava um posto alto na hierarquia da
Al Qaeda, acusada pelos atentados de 11 de setembro do ano passado aos EUA, que provocaram a
morte de mais de 3.000 pessoas.
Bin Laden reconheceu em vídeo a
participação nos atentados.
Al-Harthi, conhecido como
Abu Ali, é um dos dois iemenitas
mais procurados pelos EUA por
suspeitas de terrorismo. Ele é acusado de participação no ataque ao
USS Cole, em 2000, que matou 17
marinheiros americanos.
O ataque do fim de semana no
Iêmen lembra ações passadas do
Exército israelense contra palestinos, criticadas pelo governo dos
Estados Unidos.
Segundo a TV árabe Al Jazeera,
testemunhas disseram ter visto
um helicóptero sobrevoando a região no domingo, pouco antes da
explosão do carro.
O Iêmen, um dos mais pobres
países do mundo árabe, luta para
reverter sua imagem de paraíso
de militantes extremistas islâmicos e diz que mantém detidos 85
supostos membros da Al Qaeda.
O governo iemenita não declarou oficialmente as razões da explosão do domingo na Província
de Marib, a oeste da capital do
país, Sanaa.
Um funcionário do Ministério
do Interior disse à agência de notícias Saba que armas, traços de
explosivos e equipamentos de comunicação foram encontrados no
carro em que os suspeitos de terrorismo viajavam.
Em Washington, o secretário da
Defesa, Donald Rumsfeld, se recusou a dizer se soldados americanos ou agentes da CIA baseados
na região teriam tido alguma participação no ataque de domingo.
"Não vou fazer comentários sobre nenhum acordo que temos
com o governo do Iêmen", afirmou Rumsfeld.
Mas ele elogiou a cooperação
antiterrorismo entre os EUA e o
Iêmen, para onde soldados de elite americanos foram enviados
neste ano para treinar tropas iemenitas para combater supostos
terroristas da Al Qaeda que estariam escondidos no país.
Com agências internacionais
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