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FOCO
Espanhóis podem mudar regras de registro dos filhos
DE SÃO PAULO
O primeiro sobrenome que
os filhos espanhóis levam
dos pais pode não ser mais
obrigatoriamente paterno.
Um projeto de lei em debate no Parlamento espanhol
traz como proposta deixar a
cargo dos pais a escolha da
posição dos sobrenomes.
Se não houver consenso,
valerá a ordem alfabética.
A intenção é clara: acabar
com o predomínio do sobrenome masculino sobre o feminino, uma maneira de
simbolizar a importância da
igualdade dos sexos.
Hoje, os pais espanhóis já
podem escolher qual será a
posição dos sobrenomes no
nome completo da criança.
Mas, em caso de discordância, a lei determina que o do
pai venha primeiro.
A grande novidade, portanto, está na definição do
lugar baseada na ordem das
letras do alfabeto.
No embate pela liderança
do sobrenome do filho, sairá
melhor o pai ou a mãe que tenha o seu iniciado por letras
que estejam no começo do alfabeto, melhor ainda se for a
invencível "a".
"Sobrenomes como Abad
ou Alvarez possuem um futuro promissor na Espanha, enquanto outros históricos, como Zurbano ou Zamora, têm
seu futuro comprometido",
destacou um jornal local.
A regra na Espanha é contrária à brasileira. Por aqui, o
sobrenome da mãe ocupa a
primeira colocação.
A preferência do filho, seu
direito de escolher, não ficou
de fora da proposta.
Caso não esteja satisfeito
com o posicionamento,
quando atingir a maioridade,
poderá, em procedimento
definido como simples, inverter os sobrenomes.
O projeto foi aceito pelo
Conselho de Ministros em julho e encaminhado para avaliação dos deputados. A expectativa é de aprovação.
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