das agências internacionais

Funcionários do sistema ferroviário da Noruega perceberam que dois trens iriam colidir, no acidente que pode ter deixado mais de 20 mortos no sul do país, e tentaram alertar os maquinistas. Mas eles tinham uma lista de telefones com números errados, segundo a emissora local TV2.
Equipes de resgate encontraram mais corpos ontem, elevando a 16 o número de mortes na colisão anteontem dos dois trens de passageiros. Ao menos 68 dos 100 passageiros sobreviveram. O restante morreu ou ainda está desaparecido, por isso não se sabe o número total de mortos.
"Se faltou clareza sobre a utilização (do telefone), e se isso teve algum significado para o acidente, esses assuntos serão investigados", afirmou a rede ferroviária estatal, em comunicado.
A rede admitiu que a única forma de comunicação com os maquinistas naquele trecho é por meio de telefones celulares ou pelo sistema tradicional de sinais.
Os controladores do sistema ferroviário que tentaram alertar os motoristas estavam na cidade de Hamar, próxima ao local do acidente, segundo o canal TV2.
A polícia ainda tenta descobrir as causas do acidente. Jornais noruegueses disseram que um dos trens não respeitou um semáforo vermelho antes do choque, que aconteceu perto da estação de Aasta. Os trens colidiram a uma velocidade de cerca de 80 km/h.
A linha onde ocorreu o acidente é um dos últimos trechos da Noruega que não estão totalmente equipados com o sistema de freagem automática ATC (controle automático de trem).
A busca de vítimas ainda deve continuar durante dois dias, segundo os responsáveis pelos socorros. Esse acidente ferroviário pode ser o pior na história norueguesa. Em 75, 27 morreram.
A maioria das cem pessoas nos trens era norueguesa, mas havia também norte-americanos, ingleses, holandeses e russos entre os sobreviventes.


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